Entre 20 e 21 de junho, às 19h, o Cine Monjolo, iniciativa do Instituto Inrede, exibe a 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na afetiva Casa de Vó, em Chapada dos Guimarães (a 64 km de Cuiabá). Com entrada gratuita, a programação faz parte da Mostra Difusão, realizada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), em parceria com o Ministério da Cultura (MinC), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e com a participação de iniciativas culturais como o Ponto de Cultura Instituto Inrede, a Casa de Vó e o coletivo Malacriada de Artes.
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O Cine Monjolo é uma ação contínua do Ponto de Cultura Instituto Inrede, que visa ofertar uma programação sistemática de audiovisual em localidades sem acesso regular ao cinema. Suas exibições fortalecem a circulação de filmes que não encontram espaço no circuito comercial tradicional, com foco especial na produção audiovisual negra, mato-grossense, brasileira e mundial. As sessões ocorrem em formato de mostras temáticas, sessões regulares e itinerantes, sempre com foco no acesso e na formação de público.
Em Chapada, as atividades acontecem no Centro Cultural Casa de Vó, espaço comunitário dedicado à memória afetiva e à cultura popular. Além das exibições, a iniciativa promove debates, oficinas e ações formativas com escolas e grupos organizados, ampliando o alcance da linguagem cinematográfica e fomentando o pensamento crítico.
Com o tema “Viver com dignidade”, a 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos apresenta 12 filmes nacionais que abordam temas sociais, históricos e contemporâneos relacionados aos direitos humanos. Todas as obras contam com recursos de acessibilidade, com o legendagem descritiva e Libras, reafirmando o compromisso com uma cultura verdadeiramente inclusiva.
Um dos destaques da programação é o filme “Mansos”, da cineasta Juliana Segóvia. A ficção narra a trajetória de Benedita, jovem que transforma a dor do assassinato da mãe, Tereza, em força política. Agora liderança em sua comunidade, ela reivindica justiça por meio da memória e da ação. Parte das filmagens foi realizada na comunidade de Bom Jardim, zona rural de Chapada dos Guimarães, reforçando o elo entre narrativa, território e identidade.
Em 21 de junho, após a exibição, o público poderá participar de um bate-papo com a cineasta Juliana Segóvia, que estará presente para conversar sobre o processo criativo do filme Mansos, suas inspirações e a relação da obra com o território chapadense.