Olhar Conceito

Sexta-feira, 19 de abril de 2024

Notícias | Diversão e Lazer

retomada do simples

Rua 24 de Outubro fomenta economia criativa com artes, cultura e sabores

Foto: Reprodução/blog Arqui Farofa

Rua 24 de Outubro fomenta economia criativa com artes, cultura e sabores
"Pequena e acanhada", praticamente escondida entre as duas principais avenidas de Cuiabá, a Getúlio Vargas e a Isaac Póvas, a Rua 24 de outubro poderia ser apenas mais uma viela mal iluminada e "esquecida" pela população de Cuiabá. Porém, ela surpreende seus visitantes por ser um lugar de encontros, sabores, cultura e harmonia. A singela rua tornou-se um ponto de referência da economia criativa que tem atraído olhares curiosos.

Leia mais:Empresária vê na correria do dia a dia oportunidade para ganhar dinheiro

Mais de 95% das pessoas que entram em um dos 30 espaços criativos instalados da 24 de outubro sentem que “alguma coisa os prende lá, a ponto de não perceber o passar do tempo”, observa a comerciante Creuza Medeiros, proprietária do Espaço Magnólia na 24.

A busca pelo ‘produto humanizado’ que carrega os traços feitos a mão fomenta o comércio naquela via e atrae visitantes fieis até em épocas em que a maioria dos comerciantes queixa-se da redução das vendas. “A 24 virou um roteiro turístico, pois além de termos hotéis nas proximidades, quando os frequentadores da rua recebem visitas em casa obrigatoriamente os trazem para cá. Isso faz com que o mês de janeiro, conhecido por ser um mês ruim para vendas, seja produtivo por aqui”, relata Creuza.

Percorrendo as calçadas estreitas da Rua, o transeunte se depara com comércios agrupados em charmosas galerias que agrupam comerciantes que têm a mesma sintonia dos moradores da via.

“Os artistas e artesões circulam tranquilamente nesse espaço. O charme da gastronomia, do artesanato e dos eventos que realizamos são coisas que fomentam a economia criativa que aqui é muito forte”, descreve a comerciante, segundo a qual a diferença que tanto atrae freqüentadores é o lado espiritual.

Acolhedores e prestativos, os fomentadores da economia criativa da 24 carregam o espírito humanista que tantos buscam em épocas de evolução tecnológica e distanciamento do calor humano.

Ao observar a contemporaneidade, Creuza percebe que a humanidade se desenvolveu tanto economicamente quanto tecnologicamente, porém ela nunca foi tão complicada como hoje. “Ao mesmo tempo em que ela se desenvolveu, as pessoas se isolaram. As redes [internet] aproximam, mas também distanciam. Nós chegamos a um nível de desenvolvimento, mas que não alcançamos a felicidade que tanto se buscávamos”, observa.

Nessa busca frustrada pela felicidade, a comerciante enxerga que tem ocorrido um retorno ao passado. “Está tendo essa volta de valorizar o que é do velho, do que é da vovó, da comidinha caseira, do feito a mão, de uma coisa menos nobre que passou a ser chique”.

Em mais de 20 anos de convivência com os comerciantes e moradores da rua 24 de Outubro, Creuza é firme ao dizer que, “a economia criativa, que tanto se fala hoje, sempre existiu na rua 24 de outubro”. Já são mais de 20 anos que a Casa das Molduras iniciou o processo.

A comerciante enfatiza que “o dom de juntar as pessoas, reunir os artistas que são a essência da criatividade”, já acontecia anos atrás na Casa das Molduras, no armazém do Abraão e na Vila Maria e, mais recentemente, nas galerias do Espaço Magnólia e Vila 24 de Outubro. 
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet