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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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25 de dezembro

Primeiras celebrações natalinas remetiam ao solstício de inverno; Entenda a história do Natal

Foto: Reprodução

Primeiras celebrações natalinas remetiam ao solstício de inverno;  Entenda a história do Natal
Conhecemos o dia 25 de dezembro como o aniversário de Jesus Cristo. Porém, a história do Natal é mais antiga do que a própria igreja católica e remete à Roma no século 2, em que comemorava-se em dezembro, o solstício de inverno. O retorno do Sol garantiria a colheita abundante no verão, e por isto, a celebração era feita com troca de presentes e um jantar suntuoso. Mas, não é apenas Roma que comemorava o solstício de inverno, e também, a Mesopotâmia, Grécia, Egito, China e Grã-Bretanha.

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Em Roma, a comemoração era pelo nascimento do deus persa Mitra, que representava a luz, ou seja, o Sol. E a história do Natal começa pelo menos, sete mil anos antes que o nascimento de Jesus. Em dezembro, ocorria a noite mais longa do ano no hemisfério norte, e depois desta madrugada, o Sol ficava mais tempo no céu. Era o ponto de virada das trevas para a luz.

Na Mesopotâmia a comemoração durava 12 dias. Os gregos cultuavam Dionísio, o deus do vinho, e os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Os chineses homenageiam até hoje, o símbolo do yin-yang, que representa o equilíbrio e a harmonia com a natureza. Já os povos antigos da Grã-Bretanha comemoravam a trajetória do Sol ao longo do ano.



Foi apenas em 221 d.C., que o historiador cristão Sextus Julius Africanus cravou a data de nascimento de Jesus Cristo em 25 de dezembro. A data já era comemorada em todo o mundo, como referência ao solstício de inverno. E foi assim, com a inserção cada vez maior da igreja católica, que a data ficou conhecida como aniversário de Jesus.

Os símbolos tradicionais do Natal foram incorporados de diversas culturas, como a árvore de Natal, o presunto da ceia e a decoração colorida que vieram da festa nórdica “Yule”. Além disto, nesta comemoração dos nórdicos, um ‘gnomo’ trazia os presentes.

Nasce então o Papai Noel, de um mito da Ásia Menor no século 4, ao dar presentes que salvaram a vida de três moças, que entregues à miséria iam se prostituir para viver. Este ato de bondade foi atribuído ao bispo Nicolau de Myra, que foi canonizado pela igreja como São Nicolau.

Mas foi apenas com o auge da Revolução Industrial que o Natal se metamorfoseia para a celebração que conhecemos atualmente. “Um Conto de Natal” de Charles Dickens tem papel preponderante para a instituição do que é o espírito natalino. A estória narra uma Londres de 1846, em que o rico Ebenezer Scrooge não se importa com os pobres, mas, tudo muda, ao receber a visita de três espíritos natalinos.

O enredo é trabalhado à exaustão até os dias atuais, ganhando novas roupagens em filmes e séries sobre o Natal. E foi com a Revolução Industrial que houve a propulsão na troca de presentes com a indústria de massa e com isso, nasceu a publicidade natalina. O São Nicolau ganhou novos contornos e virou o “Papai Noel” rechonchudo e com roupa vermelha que conhecemos hoje.

A celebração inicial era uma reverência ao Sol, e hoje se tornou um feriado marcado pelo consumo em excesso e a publicidade exacerbada. No fim do dia, o Natal perdeu um pouco do seu sentido, de amor e doação, e os novos contornos são: compras e compras, presentes e mais presentes. Mas, como Dickens sonhava: o Natal deve nos fazer repensar nossos valores e buscar melhorar a cada ano que se inicia, porque, uma mesa farta e presentes embaixo da árvore, não mudam o fato de que muitas outras vidas estão em meio à miséria e solidão.



Filmes como o “Grinch” o monstro que odeia o Natal, rouba todos os presentes para que a data não aconteça, mas se surpreende quando o espírito natalino se sobrepõe às intempéries e a lição que fica é que se há amor, ainda há esperança de celebrar o renascimento e a luz.

Mas, outros críticos como o desenho “Família da Pesada” com episódios que dilaceram o espírito natalino devido ao culto do consumo, e traz um Papai Noel doente, que com sua indústria de presentes para atender a todo o mundo, mata o encanto e a magia da noite mais esperada do ano.

Todos estes desenhos têm o intuito de trazer a face esquecida da comemoração: os agradecimentos. Afinal, o Natal vai além de filas intermináveis em shoppings centers, e a espera pela troca de presentes. O Natal é o espírito da humanidade.

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