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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Xiaomi, a 'Apple chinesa', chega ao Brasil com smartphone por R$ 500

Foto: (Foto: Cesar Soto/G1)

Hugo Barra, vice-presidente de expansão internacional da Xiaomi, anuncia lançamento da marca no Brasil

Hugo Barra, vice-presidente de expansão internacional da Xiaomi, anuncia lançamento da marca no Brasil

A Xiaomi, conhecida como a “Apple chinesa”, chega ao Brasil com uma estratégia agressiva para conquistar sua fatia no mercado nacional. A fabricante asiático anunciou nesta terça-feira (30), em um evento oficial de lançamento da marca em São Paulo, que já fabrica e lançará em julho no Brasil o smartphone Redmi 2 por R$ 500.

Além do celular, com especificações medianas e preço de modelo de entrada, a empresa chinesa também confirmou o lançamento de sua "smartband", a Mi Band, por R$ 95, e de sua bateria recarregadora, a Mi Power Bank, por R$ 100.
O Redmi 2 começará a ser vendido a partir de 7 de julho apenas na loja virtual da empresa. Para comprar o aparelho, é necessário realizar um registro no site. Não será possível por enquanto encontrar os aparelhos da empresa em lojas de varejo ou de operadoras, mas, segundo o vice-presidente de expansão internacional da Xiaomi, o brasileiro Hugo Barra, a situação pode mudar no futuro.

Entre os principais atrativos do Redmi 2 está a capacidade de equipar o celular com dois chips 4G ao mesmo tempo, algo muito raro no mundo dos celulares.

Para ter noção da competitividade do preço do modelo, aparelhos com especificações similares, como o Moto G, da Motorola, podem ser encontrados por cerca de R$ 700. O Moto X, um modelo um pouco superior, não é encontrado por menos de R$ 1 mil.

Barra explica que, para conseguir um valor tão baixo no Brasil, a Xiaomi se apóia na fabricação nacional e no modelo de negócios da empresa. Essa estratégia inclui as vendas online e tentar baixar ao máximo o custo do aparelho aos consumidores.

Com a chegada da Xiaomi ao Brasil, o país se torna não só o primeiro mercado em que a empresa passa a atuar fora da Ásia, mas também o primeiro produtor fora da China.

“A gente economiza principalmente ao não gastar com compra de mídia tradicional. A marca aposta mais no investimento em redes sociais”, explica. Segundo ele, os fãs brasileiros são os mais engajados do mundo -- tanto que foi necessária a realização de uma segunda sessão de apresentação para aqueles que ficaram de fora do teatro com capacidade para mais de 800 pessoas.

Ele também aproveitou a ocasião para explicar a escolha do aparelho, em detrimento de um modelo top de linha, capaz de brigar com o iPhone 6s, da Apple, e Galaxy S6, da Samsung.

“Se entrássemos com um topo de linha, mesmo que custasse menos, vamos dizer R$ 1 mil, ainda não seria acessível para todos, e não era o que nós queríamos”, conta Barra, que coordena as investidas da empresa para além de seu mercado local. Ele deixou em 2013 o Google, onde liderava o desenvolvimento do Android, especialmente para a missão.

“A Xiaomi é uma empresa muito focada. A gente gosta de focar em um modelo. Por enquanto vamos focar no Redmi 2, então ainda não temos previsão de lançamento de outros modelos”, afirma.
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