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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Comunicação colaborativa produzida por coletivos vai além dos noticiários da TV

Foto: Divulgação

Primeiro dia de programação no Encontro de Redes, lançamento Casa das Redes, em Brasília (DF)

Primeiro dia de programação no Encontro de Redes, lançamento Casa das Redes, em Brasília (DF)

“O que você não vê na TV”... Você vê na internet. E tudo isso não só por conta de ações individuais, mas especialmente, graças a uma rede de coletivos que se dedica a revelar o que vai além da “informação oficial” dos noticiários televisivos ou jornais impressos. Por vezes, o cidadão fica de frente a verdades estrategicamente veladas ou ainda, leituras equivocadas que são contestadas pelo trabalho de redes permeadas pela comunicação colaborativa.

O assunto pautou a atividade inaugural do 1º Encontro de Redes em Brasília, que segue até o dia 20 e do qual o Olhar Conceito faz cobertura a convite da organização. Termos como autoralidade coletiva, remixagem de conteúdo, midiatismo livre e um curioso fenômeno de “perda de controle” no ambiente virtual pautaram a oficina de Comunicação Colaborativa.

A gestora de Redes Sociais do Fora do Eixo – uma rede que reúne mais de 250 coletivos em todo o país-, Dríade Aguiar, ambienta a formação desse cenário. “A cobertura colaborativa começou a se definir para reforçar a condição sustentável dos coletivos. Muitos produtores culturais não tinham núcleos de comunicação e assim, funcionou como uma otimização do processo”.

Dríade avalia que a possibilidade de juntar pessoas de níveis técnicos diferentes e formações profissionais diversas deu bons resultados, afinal, são várias as leituras de cada fato. Sem contar que as vantagens vão além. “Depois dessas experiências, por vezes nascem novos jornais, colunas e parcerias orgânicas vão sendo formadas, sem contar, uma rede de contatos que futuramente dá origem a outros projetos”.

“Não se pode mais subestimar, se ater a uma versão única. Nesse contexto, todo mundo fala o que está vendo”. E é justamente aí que a informação vai além e se irradia pelas redes sociais, pautando, por vezes, a imprensa dita oficial.

O coletivo Ninja já consegue essa façanha. Na cobertura dos atos de manifesto contra o aumento da passagem de ônibus em São Paulo ou mais recentemente na noite desta segunda-feira (17) no Congresso municipal seus agentes foram responsáveis por informar e ampliar o nível de criticidade da população que acompanha as redes sociais. Dois dos registros do fotógrafo Marco Nini “explodiram” de compartilhamentos. Um deles, só na fan page do coletivo havia chegado a quase 9 mil reproduções.



Os compartilhamentos configuram-se como uma outra faceta da cobertura colaborativa, a propósito. Alguns chamam também, de remixagem de conteúdo.

Dríade explica que geralmente a assinatura dos textos e fotografias são feitas em cima da autoralidade coletiva, porque é necessário que se leve em consideração, as condições que levaram àquela produção intelectual.

“Já que estamos perdendo controle do nosso conteúdo, então que façamos isso de modo sistemático”. Fica algo como: “perder controle é possível”. Tudo em nome da informação, precisa e real.

SERVIÇO

O Encontro das Redes ocorre até o dia 21, em Brasília
 
Sobre os manifestos por todo o país, o coletivo Mídia Ninja conta com comunicação colaborativa e tem divulgado registros que chegam de todo país.  Curta a fan page (clique aqui)


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