Imprimir

Notícias / Comportamento

Elefanta Bambi não se adapta a compartimento e vinda ao Santuário em Chapada é adiada

Da Redação - Bruna Bom

Prevista para esta terça-feira (22), a transferência da elefanta indiana Bambi do Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio Barreto, em Ribeirão Preto (SP), ao Santuário de Elefantes do Brasil, seu novo lar na Chapada dos Guimarães (MT), foi adiada para esta quarta-feira (23). O animal não se adaptou ao compartimento especial, o que resultou no adiamento.

Leia mais:
TJ autoriza que elefanta que vivia acorrentada em SP seja transferida a Santuário de Chapada

Segundo técnicos do Santuário e do zoológico municipal, Bambi apresentou resistência no momento em que a porta do compartimento especial foi fechada. O animal precisa ficar contido no local durante todo o trajeto de 1.270 quilômetros. Para o percurso, a caixa será colocada por um guindaste sobre um caminhão.

De acordo com Alexandre Gouvêa, diretor do bosque, o animal não ficou agressivo, mas sim assustado. “Ela tem muito medo, tem muito receio e se assusta fácil. Foi o que aconteceu. O objetivo não é forçar a entrada, ninguém insistiu. Ela tem que entrar naturalmente e permanecer com confiança na caixa. Ela não é agressiva, ela é assustada”, explicou.

Uma nova tentativa de adaptação estava marcada para acontecer entre 7h e 8h desta quarta-feira (23), mas ainda não há informações sobre o sucesso da nova tentativa.

Os trabalhos para adaptação de Bambi na caixa de cinco toneladas e meia usada para o transporte da elefanta começaram na última quinta-feira (17), no recinto em que ela vive há seis anos em Ribeirão Preto (SP).

Bambi chegou a entrar na caixa para se alimentar, mas ficou muito assustada quando os biólogos responsáveis tentaram realizar o fechamento para iniciar a viagem. 

“Ela frustrou uma expectativa que nós criamos. Ela não combinou com ninguém que ia entrar tal horário na caixa. A expectativa é só nossa. A gente vai calmamente para não errar, não pecar por excesso. A gente vai no tempo do elefante”, explicou Daniel Moura, diretor do Santuário.

Não há uma justificativa oficial para a resistência de Bambi, mas Moura acredita que a elefanta ficou assustada ao ver toda uma movimentação diferente em torno dela.

“Ela teve uma vida circense e viveu muito em trânsito. Pode ser que ela se remeta à uma movimentação estranha e por isso não permite. Mas está dentro do planejamento ter um atraso de um ou alguns dias. A gente prefere esperar e não fazer nada forçado”, diz.

Jornada até MT

Caso Bambi aceite o fechamento da caixa na quarta-feira, o comboio com um caminhão, dois carros com veterinários e biólogos do Santuário e escolta da Polícia Rodoviária Federal parte para o Mato Grosso com promessa de quase 24 horas de viagem.

Não há um número previsto de paradas até a chegada na Chapada dos Guimarães, mas uma câmera de monitoramento instalada dentro da caixa vai auxiliar nos cuidados com a Bambi durante o percurso. As imagens serão acompanhadas pelos biólogos que estarão nos carros. A alimentação dela vai ser dada pela tromba, que se encaixa nas janelas do compartimento.

O local em que ela será levada é protegido por um telhado que impede a entrada de chuva e sol em excesso e tem um piso que faz escoamento de resíduos líquidos durante a viagem. Chegando ao Mato Grosso, Bambi será levada ao centro de medicina veterinária do Santuário e vai ficar em um espaço de três hectares, equivalentes a três campos de futebol, preparado para ela.

Depois de inserida na nova casa, a elefanta poderá se juntar aos outros animais que vivem no Santuário em uma área de 30 hectares, com riacho, lago, árvores e um espaço com lama.

Com informações do G1.
Imprimir