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Notícias / Artes visuais

Secel recebe obras da premiação principal do 26° Salão Jovem Arte

Da Redação - José Lucas Salvani

A Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) recebeu as obras do prêmio aquisição do 26º Salão Jovem Arte. As peças ganhadoras da premiação principal são da indígena do povo Rikbaktsa, Domingas Apatso, e do artista Carlos Bosquê, e agora integrarão a coleção de arte do Estado de Mato Grosso. A entrega aconteceu no último domingo (5).

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Intitulada ‘Tütaratsa’, a peça de Domingas Apatso é um lindo adorno que é utilizado nas cerimônias de casamento da comunidade Rikbaktsa. A artista é a primeira indígena a receber o Prêmio Aquisição da mais importante vitrine das artes visuais de Mato Grosso.

Com estilo inquieto, provocativo e único, Bosquê foi contemplado por sua tela "Sobre o Colo do Altíssimo 3" que fala dos conflitos de questões contemporâneas. O artista, que reside em Cáceres, é graduado em pintura na Faculdade de Belas Artes de São Paulo.
Além do Prêmio de Aquisição, a premiação do 26° Salão Jovem Arte contemplou as categorias de Pintura, Escultura/Objeto tridimensional, Fotografia, Videoarte, Grafite/Muralismo, Gravura, Desenho, Ilustração, Instalação e Performance. A lista completa dos premiados está disponível aqui.

Retorno após 5 anos

O Salão Jovem Arte retornou no início de outubro, após cinco anos em hiato, mas em meio a uma pandemia que ainda afeta inúmeros setores, inclusive a arte que começa a se reerguer. Apesar do dia-a-dia cuiabano e mato-grossense estar voltando ao normal, a montagem da exposição foi um verdadeiro desafio, principalmente pela complexidade em dialogar como inúmeros municípios.

“Foi um grande desafio pela responsabilidade da história do Salão Jovem Arte em Mato Grosso. Então, foi bastante complexo fazer todo esse levantamento, manter uma equipe tão disciplinada durante um ano e quatro meses. O recrutamento, por exemplo, dos artistas aconteceu online. Tivemos três encontros virtuais com representantes da Secretarias de Cultura das Prefeituras”, detalha Luiz Marchetti, diretor geral da exposição.

No total, são 63 artistas selecionados e 103 trabalhos artísticos expostos. Entre os artistas e trabalhos, há quilombolas e indígenas, com o objetivo de tornar a exposição inclusiva. “Era o que a gente já desejava, uma inclusão mais forte. Mas dentro de uma pandemia foi complexo. Teria sido muito bacana se pudéssemos ter ido até lá e fazer os encontros”, pontua.
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