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Aos 13 anos, bailarina de Poconé fica em 2º lugar em campeonato mundial: “dançar é onde me sinto livre e feliz de verdade”

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

“Dançar é onde me sinto livre e feliz de verdade”, disse a estudante e bailarina de Poconé, Sophie Moraes Silva, de 13 anos. Em 2021, ela conquistou o 2º lugar na Final das Nações do Azul Fest Worldchampionship, um campeonato argentino de dança disputado por 66 países. Com breve passagem pelo Ballet, a jovem bailarina conheceu a dança árabe em 2019, com o professor Gabriel Gomes Görbicz, no grupo Gratidão.  “Ela dançando parece que flutua quando está nos palcos”, contou Gabriel. A mãe da jovem, Jozaine Silva, contou que está muito orgulhosa e espera que a filha continue trilhando o caminho da dança.

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Gabriel afirmou em entrevista ao Olhar Conceito que Sophia conheceu a dança árabe em 2019, mas por conta da pandemia, teve que dar um intervalo nas aulas. No ano passado, em 2021, a pequena bailarina que nasceu em VG, mas mora e estuda em Poconé, apresentou enorme evolução e conquistou o segundo lugar no campeonato de nível global.

O professor da pequena bailarina contou que ela sempre foi muito antenada, aprende com rapidez e tem muita dedicação e delicadeza para dançar. Apesar de ter apenas 13 anos, o Sophia surpreendeu pela facilidade que ela tem para lidar e utilizar os acessórios da dança do ventre, como por exemplo o véu. “É bem avançada. Ela é um prodígio que vem sendo trabalhada. Está em evolução surreal desde 2021”, disse Gabriel.

A jovem contou que a conquista lhe gratificou com um sentimento muito grande, pois a dança, para ela, é o que preenche um espaço vazio em seu peito. “Dançar é onde me sinto livre e feliz de verdade. Ganhar um prêmio nesse nível é incrível e dá muito orgulho pensar que poderia chegar aqui um dia”, disse a bailarina.

A rotina de preparo para o festival contou com a escolha da música, repasses da coreografia e limpeza dos passos para “enfim, chegar ao ponto final”, disse a jovem.

Ainda, ela pontuou sobre o nervosismo que pairou no período antecedente ao campeonato, principalmente pelo nível das bailarinas que ela competiria. “Não tive muito tempo de dança. Também teve o medo de não ser boa o suficiente. Foi difícil, mas a gente teve apoio das pessoas próximas e isso ajudou”, contou.

Na fase eliminatória que é disputada por competidores do Brasil ela ficou em 3º lugar e garantiu a média necessária para avançar. Com apresentação na categoria solo já na final entre nações, ela foi a vice-campeã com o estilo dança árabe, utilizando o véu de acessório. Conforme o professor, ela venceu cerca de 20 crianças de diferentes países.
 
Para o futuro, Sophia pretende continuar dançando, ensinando e competindo, pois é o que ela ama e faz com alegria. “A gente planeja, eu e meu professor, dar aulas para as crianças carentes e outras crianças também. Eu pretendo continuar dançando porque eu realmente amo e fico feliz quando faço”.

Sua mãe, Jozaine Silva, também espera que ela continue trilhando esse caminho. Inclusive, contou que “fiquei muito feliz, senti orgulho de ter uma filha tão dedicada e talentosa”.
 
Azul Fest World Championship

O Azul Fest WorldChampionship tem sua matriz na Argentina e o primeiro festival, presencial, aconteceu há cerca de 8 anos. De lá pra cá, outros países começaram a competir no Azul. Cada país tem um torneio nas fases eliminatórias que garante o ingresso à fase final entre as nações. Nas últimas edições, por conta da pandemia, o Azul aconteceu online.

A pessoa dançarina ou seu grupo avançam para a final entre nações se conseguirem, por avaliação dos jurados, média acima de 60 pontos. Foi o caso de Sophie que avançou para a final entre nações e levou Poconé para o segundo lugar mais alto do pódio.

Neste ano, a fase eliminatória interna do Brasil acontecerá no dia 29 de outubro. Os que avançarem, dançarão mundialmente nas finais das nações em dezembro.
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