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Redeiras participam da maior feira de artesanato da América Latina e recebem convite para exposição no RJ

Da Redação - Pedro Coutinho Bertolini

Depois do sucesso conquistado em 2021, participando de exposições nacionais e internacionais, a Associação das Redeiras de Limpo Grande (Tece Arte) retornou da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), nesta semana, no Centro de Convenções da cidade de Olinda, em Pernambuco. Lá, adquiriu novos convites, clientes e admiradores da cultura tradicional de Várzea Grande. O grupo, que tem apoio da Prefeitura de Várzea Grande, por meio da Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel), representou a cidade pela segunda vez no evento, que reuniu mais de 300 mil pessoas entre os dias 6 e 17 de julho.

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A presidente da Tece Arte, Jilaina Maria da Silva comentou ser difícil descrever a emoção, principalmente ao ver os clientes conquistados no ano passado, voltando para visitar o grupo. Além dos que ainda não conheciam o trabalho da associação e foram até a feira para prestigiar, agradecer e adquirir os produtos.

"Trocamos cartões de visita com curadores e artesãos de diferentes locais. Foi uma experiência incrível e que expandiu ainda mais o alcance de nossa cultura", explicou a presidente da Tece Arte, Jilaine Maria da Silva.

A tecelagem de Limpo Grande é um patrimônio imaterial de Várzea Grande, protegido por lei, e cuja beleza e qualidade são evidentes para qualquer um que tenha a oportunidade de ver uma das redes de perto.

Jilaine explicou, ainda que vários visitantes perguntavam como o processo das redes é feito, e se as redeiras usam algum tipo de máquina para a confecção do material artesanal. "Ficavam encantados quando explicamos que não, que era totalmente manual, e quando contávamos a história da nossa comunidade", contou Jilaine.

De acordo com o prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, as redes várzea-grandenses são um ícone da identidade do povo e, por isso, merecem ser conhecidas e reconhecidas por pessoas do mundo inteiro. “Para nós é uma satisfação enorme poder apoiar iniciativas como esta, que conseguem levar para outras regiões aquilo que nós já produzimos", afirmou o prefeito.

Este é o segundo ano consecutivo que a Tece Arte leva a arte produzida em Várzea Grande para a Fenearte. Em 2021, a ação foi um sucesso e a expectativa das redeiras para este ano é ainda maior.

No mesmo ano, o trabalho das redeiras alcançou lugares inimagináveis. Chegou às mãos da estilista Marta Medeiros e do herdeiro do trono britânico, príncipe Charles. Isso resultou, à época, em uma maior procura por redes confeccionadas pelas artesãs, que agora estão organizadas enquanto associação e irão representar o município para o mundo.

A secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Smecel) disse, pela voz do secretário Silvio Fidelis, que a missão da pasta é garantir que os patrimônios imateriais de Várzea Grande sejam protegidos e transmitidos de geração para geração, de forma que se mantenham vivos, presentes e valorizados na identidade da população.

Além dos clientes, o evento também serviu para conseguir novas oportunidades para o grupo, como é o caso do convite para expor na "Casa do Brasil Central: do Cerrado ao Pantanal", que acontece no Rio de Janeiro entre agosto e outubro deste ano, com apoio do Sebrae e curadoria de Renato Imbroisi.

Além da Tece Arte, Várzea Grande também teve como representante o artesão Nei Roberto, que trabalha com produtos em madeira. O trabalho da Associação Tece Arte pode ser acompanhado pelas redes sociais em www.instagram.com/teceartemt, onde elas também recebem encomendas.
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