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Pacha Ana lança terceiro álbum da carreira com inspiração nas cantoras negras da música brasileira

Da Redação - Bruna Barbosa

A cantora mato-grossense Pacha Ana lançou o terceiro álbum da carreira nesta sexta-feira (3), com composições que são fruto das vivências no candombé e umbanda, culturas milenares que fazem parte do cotidiano da rapper desde que ela começou a cantar. Em Yorubá, Motumbá significa "A benção". 

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Depois de lançar, Omo Oyá (2018) e Suor & Melanina (2021), Pacha Ana promete que os ouvintes vão notar não apenas sonora mas também lírica. Mais madura e experiente, dessa vez ela traz canções cheias de sentimentos, vindas de suas raízes, dos encontros com o sagrado, um som sério e profundo, porém leve e dançante. 

Com sete faixas, as sonoridades do álbum ecoam influências de ritmos afro-brasileiros como samba de terreiro, ijexá, carimbó e pontos cantados, aprendidos em seu terreiro. A produção musical é de Paulo Monarco, arranjos por Matheus Farias, com a participação de Paulinho Nascimento nas frequências graves pelas cordas do contra baixo e baixo acústico, e Virgílio Batukada assinando a percussão.

Além das práticas de matriz africanas, as inspirações vem de cantoras negras da música brasileira como Luedji Luna, Xênia França, Juçara Marçal, Mc Tha, Leci Brandão e nomes importantes que já não estão mais entre nós como: Clara Nunes, Serena Assunção e outras grandes guerreiras que fizeram história cantando sua verdade, em um tempo onde cultuar Orixás e se afirmar como povo de terreiro, ainda era tabu e motivo de perseguição.

A produção do disco foi financiada pela Secretaria de Esporte, Cultura e Lazer do Estado do Mato Grosso (SECEL) através das Leis de incentivo à cultura, através do projeto Conexão das Artes, realizado pelo Instituto Casarão das Artes, e contou também com apoio do Favelativa, instituição na qual a artista realiza desde 2016 projetos sociais tendo como ferramentas de trabalho como tema a música, poesia e sua religiosidade.

 
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