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Notícias / Gastronomia

Engenheiro civil e advogada abrem cafeteria com produção artesanal de croissants e 'banoffe famosa' em Cuiabá

Da Redação - Bruna Barbosa

Apesar de ser formado em engenharia civil, João de Lara se encontrou na gastronomia quando, ao lado da esposa, a advogada Jéssika Floriano Cardoso de Lara Pinto, decidiram aceitar as primeiras encomendas logo depois de produzirem os próprios doces, bolos e mini bolos para o casamento deles, em 2021. Em junho do ano passado, eles abriram um espaço físico para servir as delícias adocicadas e outros pratos na Casa Dom João, no bairro Jardim das Américas, em Cuiabá. 

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Essa não é a primeira cafeteria que João administra, já que entre 2018 e 2019, ele ficou à frente do Café de Maria, que funcionava na avenida Mato Grosso. Na época, ele tinha acabado de voltar de Santo Antônio do Leste (MT), onde trabalhava e conheceu Jéssika. Além da paixão que tem pelo setor de eventos e pela gastronomia, a saudade do dia a dia no Café de Maria foi uma das motivações para abrir a Casa Dom João anos depois. 

“A cafeteria era de uma tia minha que estava com problema de saúde. Nesse período fiquei lá, até um pouco antes da pandemia, em 2019. Depois comecei a me dedicar somente à engenharia, mas senti falta da correria e da rotina da gastronomia. Particularmente, sou uma pessoa que gosta de trabalhar sob pressão e parte da cozinha é correria, você tem prazo de entrega, precisa correr para entregar”. 

Em novembro de 2020, quando criaram a produção de doces para festas, o negócio do casal se chamava Dom João Doces Artesanais. O engenheiro civil explica que o “dom” no nome faz referência a habilidade que ele desenvolveu na cozinha, mesmo sem ter estudado gastronomia formalmente. 

“Inicialmente, as receitas eram todas minhas, hoje já tem as mãos dos meus funcionários, porque desenvolvemos juntos. O bolo de queijo é uma receita de família, basicamente todos os nossos produtos são feitos aqui, fazemos o croissant, a ciabatta… São poucas coisas que vêm de fora. Sempre priorizo que temos que ter nosso registro, não adianta vir aqui comer um bolo de queijo que você acha em outros dez lugares de Cuiabá. É o nosso bolo de queijo, o nosso croissant”. 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Espaço acolhedor 

Para abrir a Casa Dom João, ele e Jéssika sabiam que precisavam de um espaço acolhedor, algo que remetesse aos momentos em que recebiam pessoas queridas para tomar café. João conta que o espaço de produção na casa da mãe já estava ficando pequeno para a demanda de clientes, além disso, ele desejava ter um escritório para poder receber as noivas, por exemplo. 

“Nos nossos primeiros eventos, produzimos 4 mil doces em um espaço 3x3, foi desafiador, mas demos conta. No começo do ano passado começamos a procurar os imóveis e rodamos Cuiabá. Até que um dia passamos aqui na frente e vimos a casa, que estava em um estado bem de abandono, mas entramos em contato com a corretora para fazer uma visita, foi quando vimos que tinha um grande potencial, porque tinha uma sala grande na frente, avaliamos a estrutura interna para montar as cozinhas”. 

Assim que conseguiram recursos financeiros para abrir a loja, João usou a experiência como engenheiro civil para criar o projeto da Casa Dom João, que é totalmente assinado por ele. 

“Quando fizemos a mudança, mudamos o nome da empresa também para Casa Dom João, porque aqui é uma casa. Prezamos por essa questão do acolhimento, de receber as pessoas como se fosse a nossa casa, ter um ambiente tranquilo e aconchegante”. 

“A intenção não é comer e sair correndo, é que o cliente fique e tenha uma experiência bacana”, completa Jéssika. 

Durante um ano de funcionamento, a cafeteria já conquistou clientes fiéis que chegam logo quando o salão abre, às 10h, e pedem “pelo de sempre”. João lembra que alguns dos frequentadores são do tempo em que ele administrava o Café de Maria. 

“A gente tem uma carteira de clientes fiéis que estão aqui pelo menos uma vez por semana, temos os clientes da época do café da Mato Grosso que vem aqui em também e as pessoas novas que sempre chegam”. 

A escolha da localização também foi muito pensada pelo casal. Para eles, o bairro Jardim das América vive uma expansão gastronômica com a chegada de cada vez mais restaurantes, padarias e sorveterias. 

“Optamos pelo Jardim das Américas porque achamos que o bairro está se tornando um potencial gastronômico muito grande, hoje as pessoas já buscam vir para essa região para comer”. 

“Está mudando do residencial para o comercial, mas ao mesmo tempo mantendo o pessoal da região, porque ainda tem os moradores antigos”, destaca Jéssika. 

Além do bolo de queijo com receita de família e do croissant artesanal, o casal está reformulando o cardápio com produtos refinados, como presunto de parma, que passou a compor o croissant e a bruschetta servida com mussarela de búfala. 

“Temos o choux cream, que estamos inserindo agora também, como se fosse uma carolina, mas é maior, tem uma crostinha de açúcar. Um dos nossos carro chefe é a banoffe, a maioria dos clientes nos relatam que é a melhor da cidade, essa nunca podemos deixar faltar na vitrine”.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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