A economia criativa tem ganhado força em Cuiabá e outros municípios de Mato Grosso. O estado, rico em cultura regional, é berço de inúmeros artistas que fazem sua leitura da realidade local. Contudo, são poucos os espaços onde quem gosta de arte têm a oportunidade de ter contato com obras locais e também de artistas de fora.
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Sobre o assunto, a produtora cultural Magna Domingos explicou que a falta destes espaços afeta o mercado das artes. Segundo ela, quanto maior o contato da arte com o crescimento imobiliário, mais o setor será alavancado.
“Ainda faltam eventos, como feiras, salões e espaços de comercialização, por exemplo. Existe um potencial imenso a ser explorado e potencializado, mas é preciso ações de formação de público”, disse Magna.
Por outro lado, fatores externos já impulsionam a motivação do mercado. A empresária Ana Carolina Naves Dias Barchet, da UrbanArts, destaca que o crescimento do mercado imobiliário em Cuiabá nos últimos 10 anos e o contato com novas culturas impulsionou a procura por arte na capital.
“A capital tem uma população jovem, que tem mais contato com novas culturas e que busca uma mescla do moderno com a cultura regional e leva isso para a casa. Hoje a arte é algo acessível, principalmente com o advento da arte digital, que permite um melhor valor agregado”, destaca Ana Carolina.
Dados
Os apreciadores das artes visuais, que englobam principalmente pinturas, desenhos, gravuras e fotografia vêm movimentando o setor nos últimos anos. O mercado cresceu 27,5% no país em 2013, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Arte Contemporânea. Em 2014, o comércio de arte no mundo movimentou 51 bilhões de euros, um aumento de 7% em relação a 2013, de acordo com estudo da Fundação Europeia de Artes Plásticas.