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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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CPMI marca depoimento de ex-segurança de Demóstenes Torres para quarta-feira

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as relações do contraventor Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados definiu os seus próximos quatro depoimentos, todos previstos para a quarta-feira (15), a partir das 10h15. Entre os convocados por despacho do presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), está Hillner Braga Ananias, ex-segurança do ex-senador Demóstenes Torres.

Os parlamentares tentarão ouvir também o policial aposentado Aredes Correia Pires, além do ex-presidente do Departamento de Trânsito (Detran) de Goiás Edivaldo Cardoso de Paula e da empresária Rosely Pantoja.

Na terça-feira (14), a CPMI vai se reunir para votar requerimentos de convocação, entre eles do jornalista da revista Veja Policarpo Júnior; do presidente do grupo editorial Abril, responsável pela publicação da revista, Roberto Civita; do procurador-geral da República, Roberto Gurgel; do ex-governador de Goiás Iris Resende; e do atual, Marconi Perillo, pela segunda vez.

Ex-segurança do então senador Demóstenes Torres, que perdeu o mandato depois de ter sido acusado de envolvimento com o grupo de Cachoeira, Hillner Ananias teve o nome citado em ligações captadas pela Polícia Federal durante as investigações da operação Monte Carlo, que resultou na prisão do contraventor goiano.

Foram quase sete anos de assessoramento ao parlamentar cassado e, na opinião do senador Pedro Taques (PDT-MT), autor do requerimento que resultou na convocação de Hillner Ananias, ele poderia prestar esclarecimentos relevantes à comissão, devido ao período de convivência próxima com Demóstenes Torres.

Segundo Taques, os grampos telefônicos mostram que Ananias tinha como hábito ir à casa de Cachoeira pegar dinheiro em espécie. A convocação de Ananias foi aprovada em 14 de junho.

Os outros três convocados para prestar depoimentos são:

Aredes Correia Pires: delegado aposentado da Polícia Civil e ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública de Goiás. Segundo a Polícia Federal, ele teria recebido um dos aparelhos de rádio Nextel distribuídos pelo contraventor goiano na tentativa de evitar grampos.

Rosely Pantoja: sócia da Alberto & Pantoja Construções, empresa tida pela Polícia Federal como integrante do esquema do contraventor goiano. O primeiro depoimento dela na comissão estava marcado para 3 de julho, mas, na época, ela não chegou a ser localizada. Segundo a Polícia Federal, a Alberto & Pantoja é uma empresa de fachada de Carlinhos Cachoeira para lavar dinheiro da empreiteira Delta. Assim como a Brava Construções, ela tem endereço fictício - um prédio numa cidade-satélite de Brasília onde funciona uma oficina mecânica.

Edivaldo Cardoso de Paula: ex-presidente do Departamento de Trânsito de Goiás (Detran). Aparece em gravações policiais garantindo o repasse de verbas do governo estadual para uma das empresas de Cachoeira. Além disso, existe a suspeita de que tenha sido indicado para o cargo pelo contraventor. Em depoimento à CPMI, o delegado da PF Matheu Mella Rodrigues destacou a influência do grupo de Cachoeira em órgãos como Detran, Agência de Transportes e Obras Públicas (Agetop) e secretarias de Estado.
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