Olhar Jurídico

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

no stf

Análise: votação fatiada e brigas prejudicam Mensalão

Foto: Terra Magazine

Ministro Joaquim Barbosa é o relator da ação penal do Mensalão no STF

Ministro Joaquim Barbosa é o relator da ação penal do Mensalão no STF

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobra a votação fatiada no julgamento do Mensalão, Ação Penal 470, e os desentendimentos entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowisk, relator e revisor, respectivamente, prejudicaram o andamento processual do caso. As ponderações são de alguns advogados mato-grossenses que tem acompanhado diariamente o julgamento.

"O Supremo no caso do Mensalão vem tentando aplicar o que 'chama de justiça' de uma forma totalmente midiática, onde as vaidades dos julgadores em alguns momentos ganham repercussão muito maior que a matéria penal", avaliou o advogado e professor de Direito Penal Huendel Rolim.

Atitudes de Barbosa no caso mensalão preocupam OAB
Defensor público rouba a cena no Mensalão em meio a estrelas da advocacia brasileira

No ponto de vista do advogado Eduardo Mahon os ministros acabaram se perdendo no julgamento e a decisão pela votação fatiada deve prejudicar ainda mais a votação do ministro Cesar Peluso, que se aposenta compulsoriamente no dia 3 de setembro.

“O Supremo perdeu-se. Tropeçou no utilitarismo. Cedeu à pressão de julgar a todo o custo e entregou-se aos caprichos esquizóides do relator. O nível dos julgadores é descortinado pela baixeza de mútuas acusações”, considerou Mahon.

Julgamento do Mensalão

Nesta semana o Supremo dará continuidade ao julgamento do Mensalão com o voto do ministro relator Joaquim Barbosa referente a participação dos ex-dirigentes do Banco Rural.

Em seus primeiros votos, Barbosa já reconheceu que os saques em dinheiro entre 2003 e 2004 feitos no banco foram realizados de forma a se omitir os verdadeiros beneficiários dos recursos. E isso é lavagem de dinheiro.

Mantido o entendimento em relação ao tema, o relator compromete os então executivos do banco, cuja suspeita de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro será apreciada assim que acabar a votação do item 3 da denúncia contra o deputado João Paulo Cunha (PT), o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, Marcos Valério e seus sócios.
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet