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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Justiça suspende pesquisa eleitoral devido a suposta omissão no campo amostral

Foto: Reprodução

Justiça suspende pesquisa eleitoral devido a suposta omissão no campo amostral
A Justiça Eleitoral proibiu, na noite desta quinta-feira (14) o instituto KGM, o site HiperNotícias e o jornal Correio da Cidade de continuar a divulgar o resultado da pesquisa registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número MT-00054/2014, com previsão de ser aberta no dia 16 de agosto devido a suposta omissão com os métodos de ponderação das entrevistas.

De acordo com a assessoria da coligação “Amor à Nossa Gente”, encabeçada por Lúdio Cabral (PT) e autora do pedido de impugnação da pesquisa, a suspensão se deve a duas decisões proferidas nessa quinta-feira (14), uma do juiz Alberto Pampado Neto e outra do juiz Paulo Cézar Alves Sodré.

A primeira proibiu o instituto KGM e o site HiperNotícias de continuarem fazendo a divulgação. A outra foi movida contra o jornal Correio da Cidade, com circulação na região de Primavera do Leste. Nos dois casos, os magistrados concordaram com a coordenação jurídica da coligação Amor à Nossa Gente de que a falta de plano amostral e ponderação coloca os dados sob suspeita.

“Indubitavelmente, sem indicação exata das informações concernentes ao plano amostral e ponderação, não há como se aferir em uma pesquisa, a preservação da representatividade das proporções do eleitorado quanto ao sexo, idade, grau de instrução, ramo de atividade e posição na ocupação, até porque não se escolhe o pesquisado”, afirma o juiz auxiliar da propaganda Alberto Pampado Neto.

Coordenador jurídico da coligação, o advogado José Patrocínio Brito Júnior afirma que a fraude na realização de pesquisa já está se tornando frequente. “Não está havendo zelo por parte de alguns institutos de pesquisa na tentativa de induzir os eleitores para beneficiar um determinado candidato”. O advogado Lucien Pavoni também chama atenção para o fato. “As pesquisas eleitorais criam um fato político que pode influenciar os eleitores positiva ou negativamente”.

No entanto, a diretora geral do site Hipernotícias, Calúdia Cadore, afirmou que a decisão é contestável, pois a lei não exige detalhamento do campo amostral, mas somente uma explicação de como será feito. Ela garantiu a lisura da pesquisa e, com o intuito de provar a credibilidade do instituto, decidiu esclarecer ao Tribunal Regional Eleitoral os pormenores questionados.

“Vamos descrever exatamente no nosso campo amostral, muito embora a lei não exija, e então voltaremos a divulgar a nossa pesquisa. Não há nada de errado com ela e em tempo algum nós infringimos a lei”, ratificou a diretora. Ela ainda salientou o fato de que  contratante da pesquisa foi o jornal Correio da Cidade, portanto o site HiperNotícias não divulgaria os dados.
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