O governador Pedro Taques (PDT) enfim tomou sua decisão sobre quem vai ser o novo procurador-geral de Justiça. O anúncio deve ser feito hoje (16), no Palácio Paiaguás. A tendência é o que atual procurador geral, Paulo Prado, seja reconduzido ao cargo, mas o suspense ainda prevalece nos corredores do Ministério Público Estadual (MPE) e todos os integrantes têm chances. O comunicado, porém, deve ser simples, sem nenhuma cerimônia.
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Prado e Gahyva afirmam que estão calmos e que indicação de ‘água de melissa’ não foi para eles
Taques recebeu a lista tríplice do MPE no dia 02 de janeiro, logo no seu primeiro dia de trabalho. Depois conversou individualmente com três integrantes, o procurador Edmilson da Costa Pereira, o promotor Vinícius Gahyva, e o procurador Paulo Prado, nessa ordem. O pedetista explicou que sua atitude foi um sinal de respeito aos três indicados.
Essa postura, porém, criou um clima de instabilidade dentro do MPE que chegou balançar o bom relacionamento entre os poderes. Questionado por jornalista sobre quando faria sua escolha, Taques disse que não tinha pressa e ironizou a ‘pressa’ para o anúncio.
“Nós temos o prazo de 15 dias, não estou com pressa. Quem estiver nervoso tome água de melissa, maracugina. Tem muita gente que está nervosa, não sei o motivo”, disparou o pedetista”, disparou o governador.
Dias depois, no anúncio da nomeação dos delegados no Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), no Palácio Paiaguás, Prado e Gahyva garantiram que não eram os alvos da frase provocativa do chefe do Executivo Estadual.
Nos bastidores, a tese é de que o governador tem resistência a Prado em função dele já estar no comando do MPE e ter sido envolvido na operação ‘Ararath’. Por outro lado, até mesmo aliados diretos de Taques defenderam a nomeação de Prado, especialmente por ele ter vencido com folga o processo eleitoral.
Foram 147 votos de Prado contra apenas 68 de Gahyva e 66 de Edmilson. 70% do MPE votou pela continuidade da gestão do atual procurador. Além disso, entidades nacionais da classe recomendaram que o governador nomeasse o mais votado e o próprio Taques fez esse compromisso durante a campanha eleitoral de 2014. A tendência, no entanto, pode dar lugar a uma surpresa.
