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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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"Eu sai do Ministério Público, mas o Ministério Público não saiu de mim", afirma Taques

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

"Eu sai do Ministério Público, mas o Ministério Público não saiu de mim", afirmou o governador Pedro Taques (PDT), durante a posse do procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Prado, na noite de sexta-feira (06). A declaração foi apenas o começo de um discurso em defesa da instituição, que em Mato Grosso sofreu em 2014 insinuações de envolvimentos com organizações criminosas, e em nível nacional sofre uma tentativa de descrédito por parte dos alvos de investigações.

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"Vivemos tempos sombrios. Tempos de listas. Tempos em que chega as sextas e algumas pessoas não conseguem dormir com medo das revistas de sábados", asseverou. "Tempos em que a vaca desconhece o bezerro", completou, com um ditado típico da cuabania.

Pedro Taques é egresso do Ministério Público Federal, instituição na qual trilhou toda sua carreira antes da política. Como procurador da República, o atual governador foi um dos responsáveis pela prisão do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, em dezembro de 2002.

Pelos serviços prestados em Mato Grosso, Taques foi transferido para São Paulo, onde ficou até se desincompatibilizar para se filiar ao PDT e ser candidato ao Senado Federal. Apesar de deixar a instituição, sempre manteve um relacionamento próximo, tendo, inclusive, um promotor de Justiça, Mauro Zaque, como secretário de Estado de Segurança.

Essa situação chegou a causar críticas de adversários, os quais o acusaram de continuar a agir como procurador, não como político. Contudo, Taques fez questão de salientar a independência do Ministério Público em sua fala. "Me perguntaram se o Ministério Público vai auxiliar o Executivo. O MP não tem que auxiliar o Governo. Tem que fiscalizar. E é isso que nós queremos. Que ele fiscalize", disse.

Bons quadros

O governador salientou ainda, reiteradas vezes, que sente-se orgulhoso do Ministério Público de Mato Grosso e da qualidade dos seus quadros. Segundo ele, assim como Paulo Prado, os outros dois membros da lista tríplice enviada a ele para a nomeação do procurador Geral - Edmilson Pereira e Vinicíus Gahyva - também tinham plenas capacidades de assumir o cargo.

No entanto, a vitória nas eleições internas avalizaram Prado. "A democracia é um dos maiores bens que nos temos e ela deve ser respeitada. Deve ser adulada", pontuou. Prado obteve 147 votos na eleição, contra 68 do promotor Vinícius Gahyva e 66 votos do procurador Edmilson da Costa Pereira. O atual secretário de Segurança, promotor Mauro Zaque, obteve 49 votos na disputa e ficou fora da lista tríplice.
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