Apesar da expectativa do PT, a presidente Dilma Rousseff já sinalizou que não fará agora uma nova nomeação para o Supremo Tribunal Federal com a vaga aberta pela aposentadoria do ministro Cesar Peluzo. Para evitar qualquer contaminação do julgamento do mensalão, o novo ministro só deve ser escolhido no momento da aposentadoria de outro ministro, Carlos Ayres Britto, que deve ocorrer no final de novembro.

Com isso, o Palácio do Planalto sinaliza que não faz qualquer movimento para interferir no resultado do STF. A ordem é ficar distante de um reflexo negativo do julgamento. De forma reservada, há críticas de petistas pela escolha da ministra Rosa Weber e do próprio ministro Luiz Fux, pela presidente Dilma.Os dois são considerados nomes independentes.

A constatação na cúpula do PT é de que, com essa formação atual, o STF já formou uma tendência pela condenação majoritária dos réus do mensalão. Portanto, uma mudança no placar, só ocorreria com a alteração da composição do Supremo.

Diante dessa pressão externa, ministros do STF já estão preocupados de que um atraso excessivo do julgamento deixe de fora Ayres Britto da análise dos últimos itens, como o que envolve o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Por isso mesmo, há um movimento interno, para dar mais agilidade e concluir o processo ainda em outubro, com os integrantes da atual formação da Casa.