O pré-candidato à presidência da OAB-MT, Fábio Capilé, constatou, após visitar mais de 20 cidades do interior, que a descentralização administrativa dos serviços da Ordem é fundamental para o fortalecimento do exercício da advocacia no Estado. Para ele, somente a descentralização pode permitir mais acesso das advogadas e dos advogados do interior aos benefícios propiciados pela Caixa de Assistência dos Advogados em Cuiabá.
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Segundo Capilé, é importante que haja descentralização dos próprios cursos oferecidos pela OAB em Cuiabá. “Os advogados e advogadas do interior precisam ter condições do aprimoramento jurídico no local onde vivem. Por isso, é importante a criação de polos, visando abranger determinadas regiões. Esses polos devem estar em cidades onde haja potencial acadêmico”, diz ele.
De acordo com Capilé, a seccional detém o maior custo efetivo, pois ela tem toda a estrutura, não só no julgamento de processos, mas também a centralização dos próprios custos relativos a salários de colaboradores do interior. “Mas advogadas e advogados do interior precisam sentir a OAB mais presente, não só próxima fisicamente, mas que estes profissionais tenham acesso aos serviços da OAB”, reforça.
Entre os problemas mais apontados, há pelo menos cinco: A qualidade da internet, a burocracia do Estado para o pagamento de honorários da advocacia dativa, o aviltamento dos honorários advocatícios, a falta de juízes e a falta de atuação mais intensa da OAB na defesa das prerrogativas dos advogados.
A eleição do novo presidente da OAB-MT acontece no dia 27 de novembro. Dos 15 mil advogados ativos, de acordo com a OAB, só têm direito a voto os que estão adimplentes com o órgão - aproximadamente 9,7 mil advogados. O número exato de quem está apto a concorrer só é fechado dias antes da votação.