De acordo a portaria que institui a apuração, a decisão pela abertura do inquérito é fundamentada em denúncias feitas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado (CRM-MT). Em ofício encaminhado ao Ministério Público, o CRM enviou fotos referentes as supostas inconformidades encontradas na unidade de saúde. Além da cópia integral do termo de fiscalização do conselho.
O inquérito objetiva "colher informações, requisitar documentos técnicos e tomar as medidas adequadas, sendo que determinam-se os seguintes atos à Coordenação das Promotorias dos Direitos Difusos e Coletivos de Cuiabá", determina o promotor.
Esta não é a primeira vez que o Pronto Socorro Municipal de Cuiabá é alvo de denúncia desta natureza. Profissionais, pacientes e a imprensa falam, há cerca de uma década, do colapso da instituição, do descaso do poder público, da superlotação na unidade, da desumana falta de infra-estrutura adequada e do quadro incompleto de profissionais para atender a demanda. O resultado é a alcunha do hospital de "Máquina de Matar".
O Outro lado:
Ao ser questionado pela reportagem do Olhar Jurídico sobre a investigação, o prefeito Mauro Mendes (PSB) admitiu que a saúde precisa de profissionais em suas unidades. Mas existe, segundo o prefeito, um déficit por conta de questões financeiras (crise que atinge o Brasil e Prefeituras), e legais (lei de responsabilidade fiscal) que o limitam.