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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Resíduo derramado pela Sadia no Rio Cuiabá matou peixes e causou prejuízo de R$ 450 mil, diz MP

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Resíduo derramado pela Sadia no Rio Cuiabá matou peixes e causou prejuízo de R$ 450 mil, diz MP
A empresa Brasil Foods (BRF), responsável pela fabricação dos produtos Sadia, é acusada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) de ter derramado resíduos da lagoa de tratamento diretamente no rio Cuiabá. Segundo o documento elaborado pelo Centro de Apoio Operacional do MP – CAOP/MT o lixo vazou durante a piracema, ocasionando a morte de centenas de peixes e prejudicando o nascimento de mais alevinos.

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Um inquérito civil foi aberto na última segunda-feira (24) e vai analisar a responsabilidade da empresa diante do incidente. A fábrica da BRF fica às margens do rio, em Várzea Grande, muito próxima da ponte Sérgio Motta, que liga a cidade à Capital.

Segundo a promotora Maria Fernanda Corrêa da Costa, aque está a frente das investigações, o impacto do dano teve proporções enormes e atingiu toda a Bacia Hidrográfica do Rio Cuiabá.
 
“O dano ambiental oriundo da conduta da empresa foi de grande proporção, dando ensejo à mortandade de inúmeros indivíduos de peixe curimbatá, além de animais invertebrados como crustáceos e moluscos que invariavelmente foram afetados pelo derramamento de intensa carga orgânica no rio Cuiabá”, diz trecho da portaria.
 
O levantamento feito pela equipe técnica do Ministério Público também demonstrou que o vazamento ocasionou um prejuízo de R$ 450 mil à sociedade, uma vez que a morte dos animais afeta diretamente o consumo e a comercialização de peixes na região da bacia do Cuiabá, onde a pesca é uma das principais atividades econômicas.
 
“Pelo que se constatou pelas análises a mortandade ocorreu por causa do derramamento de grande quantidade de matéria orgânica naquela parte do rio Cuiabá, oriundo da limpeza e esgotamento de uma das lagoas de tratamento da Sadia, sem atitudes mitigadoras que poderiam ter evitado o ocorrido”, afirma o relatório técnico que foi anexado ao inquérito. O caso pode terminar em ação judicial proposta pelo MP contra a empresa.

Outro lado

A reportagem o Olhar Jurídico entrou em contato com a assessoria da BRF, por e-mail, e a empresa respondeu apenas que já realizou todas as alterações que foram exgidas pela promotoria após o incidente. 
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