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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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Justiça concede ao pai guarda provisória da bebê indígena enterrada viva em 2018

Foto: Arquivo pessoal

Criança e o pai

Criança e o pai

O juiz Darwin de Souza Pontes, da Primeira Vara da Comarca de Canarana (837 km de Cuiabá), concedeu a guarda provisória da bebê indígena Analu Kumayura Trumai ao pai biológico, Kayani Trumai Aweti, em decisão proferida no dia 14 junho. A criança foi enterrada viva em junho de 2018.
 
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Segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Poder Judiciário, a decisão foi tomada com muita cautela, com base em estudos psicossociais que indicaram um cenário favorável ao pai.
 
“Depois de muitos estudos e avaliações de diversas situações, constatamos que a melhor opção era o pai biológico. Ele demonstrou interesse real e sério pela criança, sempre visitava a Analu na Casa da Criança de Canarana, apresentou um bom comportamento desde o início, então entendemos por bem entregar para ele”, disse o magistrado do caso.
 
Atualmente Analu está morando com a família paterna em uma aldeia da etnia Kamayurá, na região de Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá).
 
Além de proferir a decisão referente à guarda provisória, o juiz Darwin Pontes expediu carta precatória ao magistrado responsável pela Comarca de Peixoto de Azevedo, Evandro Juarez Rodrigues, para fazer o acompanhamento periódico do caso. Daqui a seis meses, será analisada a guarda definitiva.
 
Kutsamin Kamayura, 57, bisavó da bebê, foi denunciada por tentativa de homicídio duplamente qualificado. O crime ocorreu na tarde do dia 5 de junho, na residência da acusada, em Nova Canarana, logo após auxiliar no parto da neta Maialla Paluni Kamayura Trumai, de 15 anos.

Depois de cortar o cordão umbilical, a bisavó enrolou a vítima em um pano e a enterrou no quintal, numa cova de aproximadamente 50 centímetros.

A família não aceitava a gravidez de Maialla pelo fato dela ser mãe solteira. Testemunhas relataram ao Ministério Público que a conduta criminosa foi premeditada e orquestrada semanas antes ao nascimento da criança. A cova foi aberta pela manhã, no dia do parto.

A recém-nascida foi resgatada por policiais militares e civis após uma denúncia anônima.
 
 
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