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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Suposta prisão em massa

AMMP classifica suposto áudio de juiz como ‘inaceitável ultraje’ e repudia possíveis prisões à margem da ética

Foto: reprodução

Roberto Aparecido Turin, presidente da AMMP

Roberto Aparecido Turin, presidente da AMMP

A Associação Mato-grossense do Ministério Público (AMMP) divulgou nota nesta sexta-feira (9) repudiando as afirmações atribuídas ao juiz Tiago Abreu, presidente da Associação Mato Mato-grossense dos Magistrados (AMAM) sobre a “primeira prisão em massa de promotores”. A nota classifica a suposta fala de Tiago como “leviana” e “um inaceitável ultraje”.
 
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O áudio do presidente da AMAM se refere aos promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) acusados de participarem no esquema de interceptação telefônica ilegal conhecido como Grampolândia Pantaneira. A informação foi divulgada pelo Correio Braziliense.
 
“É absolutamente indigna de crédito e merece total repúdio a insinuação de que, na surdina,  à margem da ética e do devido processo legal, estaria sendo articulada, uma ilegal, arbitrária, desarrazoada, injusta e imoral prisão em massa de Promotores de Justiça no Estado de Mato Grosso”, afirma trecho da nota.

Leia a reportagem pubicada pelo Correio Braziliense.
 
Confira a nota:
 
NOTA PÚBLICA

A ASSOCIAÇÃO MATO-GROSSENSE DO MINISTÉRIO PÚBLICO (AMMP), em razão das recentes matérias divulgadas nos órgãos de imprensa nacional e de Mato Grosso, de suposto áudio atribuído ao Juiz Tiago Abreu, Presidente da AMAM, onde (i) imputa o envolvimento de Promotores e Procuradores de Justiça no esquema de interceptações irregulares de telefones,; (ii) acusa o GAECO de compor uma organização criminosa; e (iii) conjectura a prisão em massa de Membros do Ministério Público de Mato Grosso, cumpre repudiar com veemência o conteúdo das falas divulgadas e esclarecer a sociedade para os seguintes fatos:
 
1 - Se verdadeiras, as afirmações atribuídas ao Juiz Tiago Abreu, Presidente da AMAM, expõe não só uma leviana e superficial apreciação dos fatos como também um inaceitável ultraje a todos os Membros do Ministério Público de Mato Grosso,  além eventual prática de condutas típicas de difamação e calúnia.
 
2. Reiteramos nossa confiança no Poder Judiciário como instituição e, até prova em contrário, acreditamos também na juridicidade e licitude dos atos de seus membros no exercício da Jurisdição, por isso é absolutamente indigna de crédito e merece total repúdio a insinuação de que, na surdina,  à margem da ética e do devido processo legal, estaria sendo articulada, uma ilegal, arbitrária, desarrazoada, injusta e imoral prisão em massa de Promotores de Justiça no Estado de Mato Grosso.
 
3 - Reafirmamos nossa confiança e reconhecimento no trabalho realizado pelo GAECO na obtenção de provas, de forma legal e eficiente,  em diversas investigações e operações complexas empreendidas contra redes de organizações criminosas que surrupiaram milhões dos cofres públicos.
 
O GAECO sempre combateu as organizações criminosas sendo absolutamente descabida e infundada a afirmação de que o grupo seria parte integrante de uma delas.
 
4 - Os valores que inspiram o Ministério Público compreendem o Direito como origem do ideal civilizatório. A causa que move seus integrantes é a defesa do regime democrático, da ordem jurídica e dos interesses superiores da sociedade, não se admitindo  interna e externamente transgressão a esses preceitos.
 
5 - A AMMP apoia a apuração rigorosa e integral de todos os fatos citados nesse triste episódio denominado popularmente como GRAMPOLANDIA, reafirmando, até efetiva comprovação de qualquer conduta ilícita, sua plena confiança na lisura da conduta dos Promotores e Procuradores de Justiça que integraram o Ministério Público do Estado de Mato Grosso.
 
Direção da AMMP Gestão Atitude e Participação
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