O juiz federal João Moreira Pessoa de Azambuja condenou João Arcanjo Ribeiro a oito anos e quatro meses de prisão em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro. O bicheiro foi acusado de criar empresas no Uruguai para lavar o dinheiro do crime organizado antes de retorná-lo ao Brasil.
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O caso começou a ser investigado em 2003 pela Polícia Federal na "Operação Arca de Noé". O bicheiro foi apontado como líder de uma organização criminosa que lavava alta quantia em dinheiro oriundo do crime organizado, por meio de transações com empresas no Uriguai.
O magistrado considerou que a organização criminosa não encontrou obstáculos para reciclar a elevada quantia de dinheiro do crime organizado, que demandou diversas operações para que fosse repatriado.
Ele então condenou Arcanjo a oito anos e quatro meses em regime fechado, por considerar que ele não atende as condições para fixação de regime inicial menos gravoso.
"Assim, agindo, ocultou, dissimulou a natureza, origem, localização, disposição, movimentação de valores provenientes diretamente de crime contra sistema financeiro nacional, introduzindo-os no Brasil em atividades econômicas e financeiras".
Arca de Noé
A Operação Arca de Noé foi deflagrada em 2002 pela Polícia Federal e desmantelou sistema financeiro à margem do oficial liderado pelo ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro. O então criminoso contava com o auxílio de políticos como os ex-deputados José Riva e Humberto Bosaipo. O objetivo era desviar dinheiro público por meio de empresas fantasmas e depois lavar as quantias nas factorings de Arcanjo.
Com informações do Jornal A Gazeta.