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​DELAÇÃO EM SEGREDO

Justiça decreta sigilo em execução penal do ex-governador Silval Barbosa

27 Nov 2019 - 15:36

Da Redação - Vinicius Mendes / Da Reportagem Local - Arthur Santos da Silva

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

Justiça decreta sigilo em execução penal do ex-governador Silval Barbosa
O juízo da Vara de Execução Penal de Cuiabá decretou o sigilo da execução penal do ex-governador Silval Barbosa. Desta maneira, além dos trâmites sobre o cumprimento da pena, também fica em segredo o cumprimento do acordo de colaboração premiada de Silval.
 
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A justificativa para o decreto do sigilo, no entanto, não foi divulgada. A Vara de Execução Penal é responsável, além do cumprimento da pena de Silval, por supervisionar o acordo de colaboração do ex-governador.
 
Um ato recente, inclusive, foi com relação ao leilão das propriedades entregues por Silval em sua delação. Três fazendas do ex-governador foram arrematadas pela empresa da família da prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL). Além das fazendas também foram leiloados apartamentos e outros imóveis.
 
O juiz Leonardo Pitaluga, da Vara de Execução Penal, determinou que o dinheiro levantado no leilão de bens do ex-governador de Mato Grosso seja destinado ao Fundo Penitenciário Estadual para utilização específica na reestruturação do Sistema Prisional.
 
Delação
 

A delação de Silval Barbosa foi homologada no dia 09 de agosto de 2017, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux.
 
Entre pagamento de “mensalinho” a deputados, compra de Mesa Diretora e outras dezenas de esquemas ilegais, Silval movimentou uma quantia vultuosa que ultrapassa a casa dos bilhões. Posteriormente foram divulgadas gravações em que políticos e empresários aparecem recebendo dinheiro que seria proveniente, segundo o ex-governador, de propina.
 
Silval Barbosa que foi prefeito, deputado estadual, além de governador do estado nos anos de 2010 a 2014 foi preso em setembro de 2015 apontado pelo Ministério Público de Mato Grosso como chefe de uma organização criminosa que cobrava propina de empresas privadas em troca de incentivos fiscais durante a gestão dele. Ele permaneceu um ano e oito meses detido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).
 
Dentre os seus vários depoimentos a PGR, ele confirmou ter praticado crimes enquanto era gestor e apontou o envolvimento de vários deputados estaduais, federais, senadores, conselheiros e empresários em esquemas fraudulentos durante o seu governo.
 
Com base na delação premiada, Silval foi sentenciado a 20 anos de reclusão, mas não terá que cumprir mais nenhum dia na cadeia. Ele já progrediu de regime. O ex-peemedebista não poderá se candidatar a cargos públicos enquanto cumpre sua pena.
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