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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Prado confirma contato sobre chantagens, mas diz que Silval nunca formalizou denúncia

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Prado confirma contato sobre chantagens, mas diz que Silval nunca formalizou denúncia
O ex-procurador-geral de Justiça em Mato Grosso, Paulo Prado, emitiu nota nesta segunda-feira (2) confirmando contato de Silval Barbosa durante as obras da Copa do Mundo de 2014, em Cuiabá, para solicitar ajuda contra chantagens de deputados estaduais. Prado, porém, afirmou que orientou o ex-governador (hoje delator premiado), mas nunca houve retorno com detalhes para efetiva investigação.

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“Em resposta, sugeri que o então governador se reunisse com sua assessoria direta e com a área de inteligência do Governo e preparasse uma representação formal detalhada da suposta chantagem que estaria sofrendo, inclusive informando os nomes dos parlamentares que exigiam propina”, explicou o ex-procurador-geral de Justiça. 
 
Silval Barbosa afirmou durante depoimento nesta manhã de segunda, na Câmara Municipal de Cuiabá, que o Ministério Público sabia de todos os tipos de extorsão por parte dos deputados, mas não fez nada.
 
Prado, porém, descorda do ex-chefe do Poder Executivo, expondo outra versão. “Sugeri também, inclusive, que na condição de vítima, ele poderia gravar as supostas tentativas de extorsão e então encaminhar o material ao Ministério Público Estadual para as devidas providências. Entretanto, o senhor Silval Barbosa nunca encaminhou qualquer tipo de documento ao MP para formalizar uma denúncia e solicitar a atuação ministerial”.
 
Nota
 
Com relação à afirmação feita pelo ex-governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, em depoimento à chamada “CPI do Paletó” nesta segunda-feira (02/03), na Câmara Municipal de Cuiabá, de que teria solicitado ajuda ao Ministério Público Estadual, por intermédio do então procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, porque estaria sofrendo, durante sua gestão, chantagem de deputados estaduais para que projetos de obras da Copa do Mundo de 2014 fossem aprovados pela Assembleia Legislativa, o Procurador Paulo Prado tem a esclarecer o seguinte:
 
“Ainda na gestão do ex-governador, durante uma audiência de caráter institucional no Gabinete do Palácio Paiaguás, Silval Barbosa, fugindo da pauta, em determinado momento afirmou que não estava mais suportando as pressões feitas pelos deputados estaduais, que solicitavam pagamento de propina para aprovar projetos de obras para a Copa do 2014 em Cuiabá.
 
Em resposta, sugeri que o então governador se reunisse com sua assessoria direta e com a área de inteligência do Governo e preparasse uma representação formal detalhada da suposta chantagem que estaria sofrendo, inclusive informando os nomes dos parlamentares que exigiam propina. 

Sugeri também, inclusive, que na condição de vítima, ele poderia gravar as supostas tentativas de extorsão e então encaminhar o material ao Ministério Público Estadual para as devidas providências. Entretanto, o senhor Silval Barbosa nunca encaminhou qualquer tipo de documento ao MP para formalizar uma denúncia e solicitar a atuação ministerial.”
 
Paulo Roberto Jorge do Prado
Procurador de Justiça
 
Ministério Público de Mato Grosso
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