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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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​OUVIDO EM CPI

“Só ouviu a primeira parte do conselho, gravou as pessoas e não trouxe”, diz chefe do MP sobre Silval

Foto: Rogério Florentino / Olhar Direto

“Só ouviu a primeira parte do conselho, gravou as pessoas e não trouxe”, diz chefe do MP sobre Silval
O procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, José Antônio Borges, defendeu o procurador Paulo Prado após a afirmação do ex-governador Silval Barbosa de que o Ministério Público sabia de todos os tipos de extorsão por parte dos deputados, mas não fez nada, na época em que Prado era chefe do MP. Ele disse que não vê prevaricação na postura de Prado e disse que o ex-governador não seguiu todos os conselhos que foram dados à época, já que não teria retornado com as gravações ao MP.
 
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No último dia 3 o ex-governador Silval Barbosa prestou depoimento à chamada “CPI do Paletó” na Câmara Municipal de Cuiabá. Na ocasião Silval afirmou o Ministério Público sabia de todos os tipos de extorsão por parte dos deputados, mas nenhuma atitude foi tomada.
 
Segundo o ex-governador ele chegou a sugerir ao então chefe do Ministério Público do Estado, Paulo Prado, que se ele quisesse, ele filmaria as ações dos parlamentares, mas nada foi feito pelo procurador. O atual procurador-geral, José Antônio Borges, defendeu a postura do procurador Paulo Prado, e disse que não foi bem como Silval contou.
 
“Nós temos até uma regulamentação de denúncia anônima, apesar de que não era uma denúncia anônima, era alguém dizendo que estava sendo acharcado de propina, só que temos que lembrar que o principal beneficiado de todo este desvio de dinheiro, o chefe de toda esta estrutura e quem mais desviou dinheiro de tudo isso foi o ex-governador Silval, então não estava sendo ali um inocente sendo acharcado. Segundo ponto, parece que ele só ouviu a primeira parte do conselho, gravou as pessoas, não trouxe isso para o Ministério Público, e depois que doeu o tempo de pena ele fez a delação premiada e trouxe aquelas imagens”, disse.
 
A Associação Mato-Grossense dos Membros do Ministério Público (AMMP) já havia se manifestado em defesa do procurador Paulo Prado. Por meio de nota acusaram o ex-governador de tentar embaralhar fatos contra o ex-procurador-geral de Justiça, Paulo Prado, para enfraquecer o combate à corrupção promovido pelo órgão. O atual chefe do MP ainda garantiu que, se formalizada, a questão será prontamente esclarecida.
 
“Agora, qualquer formalização, como qualquer promotor ou procurador, vindo isso para cá o procurador Paulo vai dar os esclarecimentos para a nossa Corregedoria ou para o Conselho Nacional do Ministério Público, mas a princípio não vejo nenhuma situação de prevaricação na atitude do procurador Paulo Prado”, disse.
 
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