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Sábado, 20 de abril de 2024

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crime em ROO

Empresa suspeita de fraudar respiradores trabalha com cosméticos e tem pedreiro como sócio

Foto: Reprodução

Empresa suspeita de fraudar respiradores trabalha com cosméticos e tem pedreiro como sócio
A empresa Life Med Comércio de Produtos Hospitalares e Medicamentos, suspeita de cometer fraude de R$  4 milhões na venda de  respiradores pulmonares para a Prefeitura de Rondonópolis (212 km de Cuiabá), tem como atividade principal venda de cosméticos, conforme consulta do CNPJ. O suposto crime já foi judicializado e aguarda decisão sobre bloqueio de valores.

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Ainda segundo apurado pela reportagem,  a empresa ,constituída em 2019, tem capital social de apenas R$ 100 mil, valor significativamente inferior à obrigação assumida na venda dos equipamentos.  
 
O sócio proprietário da empresa,  de nome Jesus de Oliveira Vieira, declarou na Justiça de Palmas (TO),  no ano de 2016, que desempenhava as funções de "pedreiro", conforme se vê em edital de notificação expedido em processo criminal.
 
Em Mato Grosso, a Polícia Civil (PJC), por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), investiga a fraude. A ocorrência foi registrada, no final da tarde de quarta-feira (22), pela Secretaria de Saúde do município relatando que diante da situação da pandemia do coronavírus (Covid-19) foram adquiridos por R$ 4,1 milhões o total de 22 aparelhos respiradores pulmonares, em processo de dispensa de licitação, sagrando-se como vencedora a empresa com sede em Palmas.

Na celebração do contrato ficou estabelecido que o pagamento seria após a entrega dos aparelhos, que ficou marcada para as datas de 16 e 17 de abril, na cidade de Goiânia (GO). Diante do combinado, uma equipe da Prefeitura de Rondonópolis foi até a cidade para buscar os aparelhos. Antes de fazer o carregamento, foram feitas fotos dos equipamentos e encaminhadas para a Secretaria de Saúde, sendo demonstrados pelos adesivos que se tratavam dos ventiladores pulmonares.

Desta forma, o pagamento foi efetuado pela Prefeitura de Rondonópolis, porém, quando os equipamentos chegaram na quarta-feira (22) na Unidade de Pronta Atendimento (UPA) foi constatada se tratar de uma falsificação, pois se tratavam de monitores com aparência de respiradores, sendo colocados adesivos e manuais como sendo de respiradores.

Antes que a equipe da Prefeitura descobrisse a fraude, um representante da empresa entrou em contato com a UPA solicitando para que não abrissem as caixas dos aparelhos até o dia 4 de maio, ocasião em que um autorizado viria até a cidade para a instalação dos equipamentos.

Assim que foi acionada do fato, a equipe da Derf Rondonópolis, coordenada pelo delegado Santiago Rozeno Sanches, iniciou as diligências, deslocando-se para Palmas (TO), no início da madrugada de quinta-feira (23). O responsável pela empresa não foi localizado, porém, foi possível realizar o bloqueio em conta de parte do pagamento feito pela Prefeitura de Rondonópolis.
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