O empresário Eraí Maggi afirmou que trecho da delação premiada de Alan Malouf é vago, impreciso e simplório.
A informação consta em manifestação que pede arquivamento de inquérito na Justiça Eleitoral. Suposto caixa 2 de R$ 1 milhão pago por Eraí ao ex-governador Pedro Taques é investigado.
Leia também
Eraí vê vazio investigatório em inquérito com base em delação sobre caixa 2 de R$ 1 milhão a Taques
No anexo XI de sua delação, Alan Malouf relatou que em abril de 2016 teria recebido R$ 1 milhão em espécie de Eraí Maggi "para quitar parte dos valores emprestados por ele no financiamento da campanha” do governador Pedro Taques durante o ano de 2014.
Na visão do produtor rural, as acusações são rasas. “Concretamente, imperioso reconhecer que, no tocante ao Requerente [Eraí Maggi], há apenas um vago, impreciso e simplório depoimento do colaborador Alan Malouf”, afirmou o advogado Rodrigo Mudrovitsch ao pedir arquivamento do inquérito.
Segundo a defesa, não existiria "nada mais, nem mesmo um elemento diverso - ainda que de sua autoria" para corroborar as declarações prestadas.
O advogado de Eraí pede o arquivamento argumentando que a colaboração premiada serve como meio de obtenção de prova. Tal aptidão, contudo, não autoriza apurações sem que haja perspectiva do que será o resultado. O inquérito, segundo Rodrigo Mudrovitsch, está sendo abastecido com informações particulares e de cunho sigiloso, fugindo do objetivo inicial.
A linha defensiva afirma ainda que o crime de caixa 2 investigado não incide sobre agentes privados. Não seria responsabilidade de Eraí Maggi a prestação de contas de campanha, assim como a sua apresentação à Justiça Eleitoral.
O pedido de arquivamento será examinado pela Justiça Eleitoral.
Outro lado
A reportagem entrou em contato com a defesa do empresário Alan Malouf. O advogado Huendel Rolim afirmou que seu cliente naõ vai se manifestar.