A juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, consultou o Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de destinar recursos da delação premiada  do empresário Alan Malouf para enfrentamento ao novo coronavírus.

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Relatório de juíza cita atrasos, mas comprova pagamentos em delação de Alan Malouf
 
A consulta de Ana Cristina, datada do dia 12 de junho, ainda aguarda resposta do ministro Marco Aurélio, relator da delação junto ao STF. Apesar de atrasar parcelas, Alan Malouf tem cumprido com o acordo.
 
Segundo Ana Cristina, Alan Malouf pagou quatro parcelas de R$ 212 mil. Todos os pagamentos precisaram ser atualizados por conta de atrasos. As duas últimas parcelas pagas foram divididas, o que salienta a dificuldade do delator em honrar seu acordo.

Conforme divulgado, o acordo de delação prevê o pagamento de 10 parcelas de R$ 212 mil. A primeira parcela, que era prevista para o dia 31 de julho de 2018, foi pega em outubro daquele ano, no valor atualizado de R$ 229 mil. A segunda parcela, que estava prevista para ser paga no dia 31 de dezembro de 2018, foi quitada em 27 de maio de 2019, em valor atualizado de R$ 233 mil.

A terceira parcela, prevista para ser paga durante o mês de julho de 2019, foi quitada em três vezes, totalizando R$ 230 mil. A quarta parcela, prevista para ser paga em dezembro de 2019, foi paga em duas vezes, totalizando R$ 243 mil.
 
A delação
 
O empresário Alan Malouf se comprometeu a pagar R$ 5,5 milhões como parte do seu acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
 
Exatos R$ 4 milhões são referentes a multas. Restante, R$ 1,5 milhão, será pago como indenização por danos morais pelos crimes cometidos.
 
Do total que Alan Malouf irá pagar aos cofres públicos, R$ 3,3 milhões serão quitados via imóveis de propriedade do delator.

O restante do valor está sendo dividido em 10 prestações. Justamente as prestações que estão sofrendo com atraso.