O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Rui Ramos, fez duras críticas a corrupção eleitoral. De acordo com o magistrado, recursos que poderiam ser empregados na saúde acabam sendo utilizados em tecnologias avançadas para combater compra de votos e outros crimes e dar mais credibilidade as eleições.

Para exemplificar a crítica, o magistrado afirma que a implantação do voto biométrico é sim um grande avanço na Justiça Eleitoral, mas é um recurso extremamente caro que será utilizado para tentar coibir práticas criminosas e comprometer as eleições, não no âmbito mato-grossense, mas em termos de Brasil.

Rui Ramos acredita que se houvesse uma conscientização maior dos candidatos e do elitorado quanto a impotância do processo eleitoral como 'festa da democracia' esses recursos empregados na Justiça Eleitoral para garantir a credibilidade do processo poderiam ser investidos em saúde e outras áreas.

"Temos que mudar e é um projeto caro. O quanto se gasta com uma coisa que podreia ser evidata. É preciso uma transformação de consciências a sociedade precisa prestar mais atenção nisso. Não podemos estar mais vulneráveis a situações inaceitáveis".

Segundo o desembargador, recentemente os presidentes dos Tribunais Eleitorais de todo o Brasil estiveram reunidos com a presidente do Tribunal Superio Eleitoral (TSE), ministra Carmen Lúcia, e a biometria deve ser implantada até 2020, mas até que os trabalhos sejam concluidos os investimentos serão altos.

Uma das situações ditadas pelo magistrado foi o que ocorreu em Várzea Grande, onde vários títulos e identidades falsas foram encontrados e podem colocar el risco a credibilidade do processo eleitoral do município.