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Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

CASO ISABELE

MP põe em sigilo investigação contra policiais amigos de pai de adolescente do Alphaville

Foto: Reprodução

MP põe em sigilo investigação contra policiais amigos de pai de adolescente do Alphaville
O promotor Célio Fúrio, do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa de Cuiabá, impôs sigilo nos autos da investigação que apura a conduta de policiais civis e um policial militar, amigos do empresário Marcelo Cestari, que estiveram no condomínio Alphaville no dia da morte de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, atingida por um disparo – supostamente acidental – na cabeça, efetuado pela filha de Marcelo.

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O pedido de investigação foi feito pela família de Isabele no último dia 6. No dia do crime o presidente da Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT), e sargento da Polícia Militar, Fernando Raphael Ferreira de Oliveira, teria ido à casa de Marcelo fardado e utilizando uma viatura da Polícia Militar. 

Uma outra equipe da PM já atendia a ocorrência e Fernando teria se identificado como amigo da família. O sargento teria auxiliado Marcelo a apresentar registros das armas que possui.

Outros amigos de Marcelo também compareceram ao local no dia do crime. De acordo com depoimento de testemunhas, dois policiais civis entraram na residência bem antes da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sendo que um deles ainda teria ajudado a remover o corpo do local. 

Os dois, supostamente, estariam atuando como seguranças do empresário. Segundo a testemunha, ela teve esta impressão em função da postura intimidadora que se colocaram, tendo um deles ficado na frente da casa, com postura incompatível com o ocorrido, com os braços cruzados, olhando de forma arrogante e fumando cigarro eletrônico. 

O outro policial teria sido mais discreto e chegou sem chamar tanta atenção. No depoimento de um dos policiais militares que atenderam a ocorrência, também consta citação sobre os dois policiais civis.

A conduta do delegado Olímpio da Cunha, que atendeu o caso, também foi questionada, por não ter impedido a presença dos policais na residência, considerando que não faziam parte da equipe da DHPP. O delegado foi o responsável por impor fiança de R$ 1 mil a Marcelo.

 
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