O juiz Geraldo Fidelis, da 1ª Zona Eleitoral de Cuiabá, acatou pedido liminar e determinou a suspensão de reportagem que liga a candidata à prefeitura de Cuiabá, Gisela Simona (PROS), a supostos atos racistas no Procon. Decisão foi publicada na segunda-feira (10).

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Conforme os autos, a reportagem divulgada pelo site Portal Movuca Popular tinha o seguinte título: “Exclusico: Atitudes racistas de Gisela levaram servidora a tentar suicídio dentro do Procon”.
 
Em sua decisão, Fidelis esclareceu que a Justiça Eleitoral não veda noticiar fatos e não tem o objetivo de impedir críticas políticas. “Proíbe-se distorcê-los, como se deu no material acusado de irregular, para criar estados mentais, a fim de ganhar vantagem ou gerar prejuízo a outrem”.
 
Fidelis esclareceu ainda que a matéria veiculada faz referência ao crime de racismo, fato que não foi comprovado. “Portanto, tais circunstâncias retratam que a informação veiculada pelo representado possui evidentes incorreções”.
 
Ainda conforme o magistrado, a manutenção “da veiculação da reportagem com informações falsas, com comentários em que distorcem a realidade, pode criar, artificialmente, estados mentais, ensejando prejuízo de difícil ou impossível reparação”.
 
A liminar determina a retirada da reportagem em 24 horas, sob pena de multa diária no valor de R$ 1 mil.