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Sábado, 20 de abril de 2024

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Justiça Militar marca audiência para julgar acusados pela morte do soldado Abinoão

Foto: Reprodução

Justiça Militar marca audiência para julgar acusados pela morte do soldado Abinoão
O juiz Marcos Faleiros, da Vara Especializada da Justiça Militar em Cuiabá, reagendou para o dia cinco de julho a audiência para julgamento do processo sobre a morte do soldado alagoano Abinoão Soares de Oliveira.  

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A morte ocorreu no treinamento da Polícia Militar de Mato Grosso, no Lago de Manso, em 2010. O evento foi organizado pelo Centro Integrado de Operações Áreas (CIOPAER). Quatro militares passaram mal, mas Abinão não resistiu e morreu durante o treinamento do 4º Curso de Tripulantes Operacionais Multimissão (TOM-M), realizado na Terra Selvagem Golf Club, na estrada de acesso ao Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães.
 
O treinamento estava sendo ministrado pelos tenentes Carlos Evane Augusto e Dulcézio Barros de Oliveira, oficiais do Batalhão de Operações Especiais de Mato Grosso (BOPE-MT). A vítima era policial militar no estado de Alagoas, sendo convocado pela Força Nacional de Segurança Pública (União Federal) a fazer parte do treinamento organizado pelo Estado de Mato Grosso.
 
Em 2011, o MPE ofereceu denúncia contra 29 policiais militares e pediu a prisão preventiva de sete deles por conta do treinamento realizado em 24 de abril de 2010.
 
O promotor Vinicius Gahyva Martins ressaltou que foram pedidas as prisões preventivas por conta da manutenção da ordem pública e conveniência da instrução criminal, pois, os oficiais que possuem patentes elevadas, poderiam interferir no andamento dos tramites processuais.
 
Os envolvidos respondem pelos crimes de tortura seguida de morte e tortura qualificada. Isso porque além de Abinoão, mais soldados foram vítimas dessa prática, no entanto apenas ele acabou morrendo durante os treinamentos. O promotor declarou à época que o número de torturados chegou a 19 e que as torturas foram detectadas em pelo menos 25 situações diferentes ao longo do curso.
 
No ano passado a 11ª Vara Criminal Especializada da Justiça Militar reconheceu a extinção de punibilidade de 12 envolvidos na morte do soldado alagoano Abinoão Soares de Oliveira, citando a participação de menor importância dos envolvidos.
 
Figuram como réus:
 
HEVERTON MOURETT DE OLIVEIRA
ALUISIO METELO JUNIOR
RICARDO TOMAS DA SILVA
ERNESTO XAVIER DE LIMA JÚNIOR
ARNALDO FERREIRA DA SILVA NETO
DULCÉZIO BARROS OLIVEIRA
CARLOS EVANE DA SILVA
LUCIO ELI MORAES
MORIS FIDÉLIS PEREIRA
HONEY ALVES DE OLIVEIRA
SAULO RAMOS RODRIGUES
ANTÔNIO VIEIRA DE ABREU FILHO
JOÃO ALBERTO ESPINOSA
AISLAN BRAGA MOURA
VALNEZ DUARTE DE SOUZA
ADILSON DE ARRUDA
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