Olhar Jurídico

Sexta-feira, 29 de março de 2024

Notícias | Criminal

CRIME NO Alphaville

MP pede investigação de perfil no Facebook que expôs fotos de atiradora e Isabele morta

Simulação exibida no Programa Fantástico.

Simulação exibida no Programa Fantástico.

O Ministério Público Estadual (MPE) vai pedir investigação da Polícia Judiciária Civil contra um perfil no Facebook que expôs diversos detalhes do caso Isabele Ramos Guimarães, 14 anos, morta pela amiga com um tiro na cabeça, no condomínio Alphaville, em Cuiabá, em julho do ano passado.

Leia mais:
"Não tenho motivo nenhum para comemorar, porque minha filha não está aqui", diz mãe de Isabele
 
No perfil foi publicado foto e nome da atiradora, atualmente com 15 anos, além de links que levam a imagens da perícia realizada na casa de Marcelo Cestari, onde Isabele foi assassinada. Também há fotos da vítima morta e caída no banheiro da residência de luxo.
 
O promotor Luciano André Viruel Martinez, da 19ª Promotoria de Justiça da Infância e Juventude de Cuiabá solicitou que a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) investigue o perfil.
 
Internação
 
A adolescente teve a sua internação decretada na terça-feira (19). A juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara da Infância e da Juventude, disse em sua decisão que a adolescente foi fria e hostil, tendo estampado na sua ação "desumanidade". A menor foi condenada a três anos de reclusão por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar e qualificado.

A magistrada entendeu que a execução imediata da sentença atende aos preceitos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), "principalmente no que concerne a imprescindibilidade da prioridade absoluta e a celeridade da intervenção Estatal na proteção das crianças e dos adolescentes, evidenciando o caráter pedagógico e responsabilizador da internação determinada em face da adolescente que aos 14 anos de idade ceifou a vida de sua amiga, também de 14 anos de idade, em atuação que estampou frieza, hostilidade, desamor e desumanidade".

A juíza também pontuou na decisão que "o ato infracional foi praticado com violência e possui gravidade concreta extrema que exige a intervenção pedagógica estatal máxima, inclusive, diante da necessidade da responsabilização pelas escolhas equivocadas, com a conscientização das consequências nefastas de ceifar dolosamente a vida humana".
Entre em nossa comunidade do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui

Comentários no Facebook

Sitevip Internet