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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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GRAMPOLÂNDIA

Sindicato dos Delegados classifica solicitação de promotor como “descabida e desnecessária”

Foto: Reprodução

Sindicato dos Delegados classifica solicitação de promotor como “descabida e desnecessária”
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de Mato Grosso (Sindepo-MT) classificou a solicitação dos autos de investigação da Grampolândia Pantaneira pelo promotor de justiça, Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho, como “lamentável, descabida e desnecessária”. O membro do Ministério Público Estadual (MPE) requereu que a 7ª Vara Criminal de Cuiabá determine o compartilhamento, no prazo de dez dias, de três autos das investigações.

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“Entendemos lamentável, descabido e desnecessária a posição do parquet, uma vez que este tem pleno conhecimento de que os inquéritos presididos pela Delegada de Polícia , Dra. Ana Cristina Feldner, não foram encaminhados ao Ministério Público por expressa determinação judicial. Fato mencionado no  próprio parecer ministerial levado a público”, expressou o sindicato.

O órgão alega que há determinação judicial para que a Polícia Judiciária Civil (PJC) não encaminhe diretamente os referidos autos aos MPE. A decisão, inclusive, passou por uma correição parcial pelo MPE, mas o Tribunal de Justiça a entendeu como correta. Por isso, “qualquer envio dos autos de forma direta e espontânea pela autoridade que preside a investigação ao Ministério Público, seria uma afronta a decisão judicial”.

A delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelos inquéritos, também se posicionou sobre o caso. Feldner rebateu a alegação de que o MPE espera há dois anos para ter conhecimento dos inquéritos conduzidos por ela. Diz que o promotor já tentou suspender as investigações, quando emitiu parecer pelo arquivamento e nunca solicitou informações. “Aliás, por causa da pandemia, tem quase um ano que o MPE não recebe nenhum inquérito”.

Avaliando que o pedido na Justiça é uma forma de tumultuar o processo, a delegada garante que sempre se colocou à disposição do órgão, chegando a enviar, em dezembro, ofício nesse sentido. Ela ainda classificou o fato como curioso, já que, segundo ela, o promotor sempre foi contrário a toda investigação da Grampolândia.

“Lamentável tal atitude, só trouxe animosidade e gerou ruídos. Deveria pensar na sociedade e ser o primeiro a querer a verdade real. Isso é bem estranho. Há vários inquéritos nas delegacias, pois o MPE não estava recebendo, voltaram a receber esse mês, mas ele parece ter um comportamento diferente nessa investigação”, disse ao Olhar Jurídico.
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