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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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recurso por perícia

Paulo Taques aponta possível relacionamento entre delegada e PM que desencadeou Operação Esdras

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Paulo Taques aponta possível relacionamento entre delegada e PM que desencadeou Operação Esdras
Recurso do ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, contra decisão que autorizou a destruição de perícia sobre o celular apresentado pelo tenente Coronel José Henrique Costa Soares, traz graves acusações contra o policial militar e a delegada Ana Cristina Feldner. Segundo Taques, Soares e Feldner eram amantes. Ao Olhar Jurídico, a delegada afirmou que o ex-secretário promove ataques pessoais com a expectativa de afastá-la das investigações.

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Investigação conduzida por Ana Cristina argumenta que Soares revelou suposto plano de gravar ilegalmente o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, então relator de investigações ligadas à chamada Grampolândia Pantaneira.
 
A revelação resultou na Operação Esdras, que chegou a prender preventivamente Paulo Taques, em 2017, por mais de 30 dias. Segundo decisão que autorização destruição de dados, ao entregar seu aparelho celular a fim de ser periciado, o PM deu autorização para que fosse extraída apenas as provas por ele produzidas a fim de comprovar o plano orquestrado para produzir uma falsa denúncia, filmando o desembargador e consequentemente o afastando do caso.
 
Porém, conforme recurso de Paulo Taques contra decisão que autorizou a destruição da perícia sobre o celular, o plano de gravar o desembargador não partiu de alvos da Operação Esdras. O próprio PM teria oferecido a três dos investigados seus serviços para gravar as reuniões com o magistrado. As tratativas, porém, não teriam dado certo. Assim, Soares teria se arrependido e procurado a delegada Ana Cristina Feldner e a ela confessado a trama.
 
A destruição da perícia serviria para ocultar “um sem-número de ilegalidades” cometidas pelas delegadas (Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira Siqueira Campos Moura) e outras autoridades públicas. Recurso de Paulo Taques cita ainda suposto relacionamento amoroso entre Ana Cristina Feldner e o tenente coronel Soares. “Então são essas as intimidades que as delegadas/embargadas querem a todo custo preservar?”, questiona Paulo Taques.
 
“Além disso, por certo que essa prova, que as delegadas querem a todo custo, destruir guarda outros ilícitos, cometidos por outras autoridades que participaram da investigação e devem ter contribuído com a criação do ardil engendrado contra o embargante e outros investigados”, finaliza Paulo Taques.
 
No recurso, o ex-secretário pede que seja reformada a decisão que determinou a destruição da perícia, para que disponibilize o conteúdo na íntegra da perícia do celular do tenente coronel Soares.

Outro Lado

Em contato ao Olhar Jurídico, Ana Cristina Feldner apontou que Paulo Taques busca ilegalmente ter acesso a intimidade de Soares para tirar sua credibilidade. A perícia no celular teria gerado aproximadamente 36 mil páginas.
 
Ainda segundo a delegada, a acusação sobre suposto relacionamento amoroso seria uma ataque pessoal com o objetivo de provocar reações e assim afastá-la das investigações.
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