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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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alvo da Esdras

Ministra nega seguimento a reclamação de Paulo Taques que questiona destruição de perícia sobre celular de PM

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Ministra nega seguimento a reclamação de Paulo Taques que questiona destruição de perícia sobre celular de PM
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento a reclamação do ex-secretário de Casa Civil de Mato Grosso, Paulo Taques, que questionava destruição prova, buscando autorização para acessar totalidade de perícia realizada sobre o celular do tenente-coronel José Henrique Costa Soares.

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"Ante o exposto, forte no art. 21, §1º, do RISTF, nego seguimento à presente reclamação. Publique-se. Brasília, 08 de junho de 2022", aponta publicação nesta quinta-feira (9).
 
Em Mato Grosso, investigação conduzida pela delegada Ana Cristina Feldner argumenta que Soares revelou suposto plano de gravar ilegalmente o desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), Orlando Perri, então relator de investigações ligadas à chamada Grampolândia Pantaneira. A revelação resultou na Operação Esdras, que chegou a prender preventivamente Paulo Taques, em 2017, por mais de 30 dias.
 
Soares entregou seu aparelho celular a fim de ser periciado, dando autorização para que fosse extraída apenas as provas por ele produzidas a fim de comprovar o plano orquestrado para produzir uma falsa denúncia, filmando o desembargador e consequentemente o afastando do caso. Decisão posterior autorizou a destruição de parte da perícia sobre o celular, sob o argumento de que o conteúdo não guardava relação com a investigação.
 
 Conforme apurado pelo Olhar Jurídico, recurso de Paulo Taques em Mato Grosso, também questionando a destruição da perícia, afirma que plano de gravar o desembargador não partiu de alvos da Operação Esdras. O próprio PM teria oferecido a três dos investigados seus serviços para gravar as reuniões com o magistrado. As tratativas, porém, não teriam dado certo. Assim, Soares teria se arrependido e procurado a delegada Ana Cristina Feldner e a ela confessado a trama.
 
A destruição da perícia serviria para ocultar “um sem-número de ilegalidades” cometidas pelas delegadas (Ana Cristina Feldner e Jannira Laranjeira Siqueira Campos Moura) e outras autoridades públicas. Recurso de Paulo Taques em Mato Grosso cita ainda suposto relacionamento amoroso entre Ana Cristina Feldner e o tenente coronel Soares. “Então são essas as intimidades que as delegadas/embargadas querem a todo custo preservar?”, questiona Paulo Taques.
 
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