O Tribunal do Júri de Cuiabá condenou Ivaldo Leite de Araújo a 26 anos de prisão, no regime fechado, por matar a pauladas a mulher trans Camila Rodrigues Dias, 41 anos, em 2022, na capital. Julgamento ocorreu nesta quarta-feira (11) perante a 1ª Vara Criminal da capital, presidido pela juíza Mônica Perri.
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Os jurados verificaram que a autoria e materialidade do crime restaram comprovadas por meio dos laudos de necrópsia e do local do crime, bem como pelos depoimentos prestados durante o decorrer do processo.
Inicialmente tratado como latrocínio, o caso depois se converteu em homicídio qualificado, pelo qual Ivaldo foi denunciado. Ele também respondeu por lesão corporal grave e roubo majorado, uma vez que, após assassinar Camila, ele subtraiu pertences de outras vítimas, bem como agrediu terceiras.
Diante disso, ele foi condenado a 26 anos, sete meses e 10 dias de reclusão, no regime fechado, sem ter o direito de recorrer em liberdade.
O caso aconteceu na madrugada do dia 24 de julho de 2022, no bairro São José, em Cuiabá. Segundo informações da PM, a mulher trans e outras duas pessoas teriam sido agredidas a pauladas durante roubo no bar, que também funciona como prostíbulo.
A mulher trans não resistiu aos graves ferimentos e morreu ainda no local. Já as outras pessoas foram socorridas com vida.
Ao ser preso, três dias depois, Ivaldo confessou o crime. No momento da abordagem, ele estava dentro de uma igreja em Diamantino (180km de Cuiabá).
Consta na ocorrência que uma equipe da PM foi informada que o homem acusado de matar Camila seria morador de Diamantino. Em diligências, os policiais localizaram Ivaldo na igreja Deus é Amor, perto de um posto de combustíveis.
Ao ser questionado, Ivaldo confessou que teria passado por Cuiabá nos últimos dias, o que corrobora com a informação de que ele seria o autor do latrocínio. Diante da situação, Ivaldo foi encaminhado para delegacia de polícia e, preso desde então, foi sentenciado nesta quarta-feira.