Maroan Fernandes Haidar Ahmed é julgado pelo Tribunal do Júri nesta terça-feira (14) pelo assassinato do empresário Fábio Batista da Silva, em novembro 2018. Réu considerado de alta periculosidade, ele está preso cadeia de segurança máxima, já que, além do assassinato, também responde por supostamente ser o mandate de outros homicídios, organização criminosa, tráfico de drogas e seria liderança de facção. Sessão de julgamento ocorrerá por videoconferência.
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Após várias tentativas da defesa em anular a sentença de pronúncia ou alterar a data do Júri, inclusive com habeas corpus negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta segunda-feira (13), Maroan sentará hoje no banco dos réus, data fixada pelo juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati.
O empresário Fábio Batista da Silva, de 41 anos, foi assassinado em uma loja de conveniência no bairro Vila Aurora, em Rondonópolis, após pedir para que Maroan abaixasse o farol da Amarok que conduzia.
Testemunhas que estavam com a vítima em uma das mesas relataram que a caminhonete branca parou em frente ao estabelecimento e permaneceu com o farol alto em direção às pessoas.
Fábio então se aproximou do veículo pedindo para que abaixasse a intensidade do farol. Houve uma pequena discussão entre eles e, quando a vítima estava retornando para sua mesa, foi alvejada por um tiro disparado por Maroan.
Na decisão que deferiu a transferência para unidade de segurança máxima, proferida em outubro do ano passado, o juiz anotou que Maroan é preso de alta periculosidade. Ele já fugiu mais de uma vez durante o curso da presente ação penal, sendo uma delas enquanto cumpria medida cautelar de monitoração eletrônica, imposta pelo Tribunal de Justiça (TJMT), tendo, neste período, cometido diversos outros crimes graves.
Durante o tramitar da ação do homicídio, ele foi denunciado em outro caso como suposto mandante de assassinato cometido em julho de 2020, no interesse do Primeiro Comando da Capital, em Aparecida de Goiânia/GO.
Também participou de tiroteio próximo à fronteira em Ponta Porã/MS, bem como enquanto foragido, foi preso em flagrante durante operação contra o tráfico internacional de drogas, em Santa Catarina, onde encontra-se preso desde janeiro de 2023 em decorrência de sua prisão em flagrante delito pela prática dos crimes de tráfico de entorpecentes, organização criminosa e porte ilegal de arma de fogo.
Houve ainda ofício para que ele fosse colocado em regime disciplinar diferenciado, em razão ao perfil de extrema periculosidade, somado aos indícios de que ele figure como liderança em organização criminosa, com traços de facção transnacional de drogas e armas, além de ser mandante de homicídios de rivais ou desafetos.