A 2ª Vara de Peixoto de Azevedo manteve a prisão preventiva de Bruno Gemilaki Dal Poz, Eder Gonçalves Rodrigues e Ines Gemilaki, denunciados por quatro homicídios qualificados, sendo dois consumados e dois tentados. Eles são acusados de matar os idosos Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo e de tentar matar José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall, por motivo fútil e utilizando-se de recurso que dificultou a defesa das vítimas. O crime aconteceu em 21 de abril de 2024.
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A decisão, datada de terça-feira (23), atende a uma determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que exigia uma deliberação do juízo de primeira instância sobre a manutenção da prisão preventiva dos pronunciados.
O magistrado fundamentou a manutenção da "medida extrema" nos dados concretos presentes nos autos, alegando que não houve alteração substancial na situação fática desde a decretação inicial da prisão.
A prova da materialidade e os indícios de autoria foram considerados perfeitamente demonstrados pelo juiz, com base no boletim de ocorrência, nas declarações prestadas durante a fase inquisitorial e nas filmagens apresentadas pela Polícia Judiciária Civil.
O principal motivo para a manutenção da prisão preventiva, segundo a decisão, é a garantia da ordem pública. O juiz destacou o elevado grau de reprovabilidade, brutalidade e frieza dos delitos cometidos, praticados em um momento de descontração das vítimas e na presença de várias pessoas.
O caso
De acordo com a denúncia, na data dos fatos o trio invadiu a residência de Ernecir Afonso Lavall em busca dele, e efetuaram diversos disparos de arma de fogo no local, onde ocorria uma confraternização, impossibilitando a defesa das vítimas presentes. Os disparos realizados por Inês Gemilaki vitimaram fatalmente Pilso Pereira da Cruz e Rui Luiz Bogo e atingiram José Roberto Domingos e Erneci Afonso Lavall.