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Quarta-feira, 09 de julho de 2025

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OPERAÇÃO PERFÍDIA

Acusados de corrupção e propina em obra na capital, vereadores têm casas, caminhonetes e carros bloqueados

Foto: Reprodução

Acusados de corrupção e propina em obra na capital, vereadores têm casas, caminhonetes e carros bloqueados
A juíza Edna Ederli Coutinho, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), determinou o sequestro de casas e carros em dos alvos da Operação Perfídia, deflagrada nesta terça-feira (29) contra suposto esquema de propina entre a empresa HB 20 Construções EIRELI e os vereadores Francisco Carlos Amorim Silveira, o Chico 2000 (PL), e Joelson Fernandes do Amaral, o Sargento Joelson (PSB). O mediador José Márcio da Silva Cunha, segundo a equipe investigativa, teria recebido um valor via pix no valor de R$ 150 mil e repassados aos parlamentares. A propina também teria sido recebida em espécie. 


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Em nome de Chico 2000, a magistrada sequestrouduas residências e um Chevrolet Tracker, avaliado em R$ 130 mil. Em nome do Sargento Joelson uma casa, uma Saveiro, uma moto 250 cilindradas, um Nissan March e uma S10 avaliada em R$ 140 mil. O intermediário teve sequestrados uma casa, um Ford KA, uma Parati, um Ônix e um HB20.

A ordem da juíza foi proferida na última sexta-feira (25), autorizando a operação e a constrição patrimonial.
Inquérito que embasou a ofensiva policial foi instaurado com base em denúncia feita pelo então deputado federal e atual prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). A acusação trata de suposto esquema de corrupção envolvendo a empresa e os vereadores.

A empresa alvo foi contratada para obras de drenagem e pavimentação da Avenida Contorno Leste, e teria repassado R$ 250 mil em propina para os parlamentares, com intuito de receber vantagens financeiras. Parte desse valor — R$ 150 mil — foi transferida diretamente para a conta de José Márcio. A quantia restante teria sido entregue em espécie ao vereador Joelson, de acordo com os autos.

O operador da movimentação financeira seria João Jorge Souza Catalan Mesquita, funcionário da construtora, que teria articulado o envio dos recursos com o objetivo de garantir o apoio dos parlamentares na tramitação e aprovação de uma certidão de parcelamento fiscal. Essa medida permitiria à Prefeitura quitar débitos com a HB 20 e, assim, liberar pagamentos referentes às obras já realizadas.

A juíza Edna Ederli justificou a necessidade da operação em razão da complexidade do caso e dos indícios de uma possível “contraprestação ilícita” envolvendo agentes públicos e interesses privados. A Operação Perfídia cumpriu mandados de busca e apreensão e afastou os dois vereadores envolvidos do exercício do mandato por decisão judicial. Eles também perderam os respectivos passaportes.
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