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Sexta-feira, 11 de julho de 2025

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INSPEÇÃO DA CORREGEDORIA

Responsável por afastar desembargadores do TJ, corregedor afirma que CNJ deve expurgar os magistrados corruptos

Foto: Reprodução

Responsável por afastar desembargadores do TJ, corregedor afirma que CNJ deve expurgar os magistrados corruptos
Responsável por manter três magistrados afastados do Tribunal de Justiça (TJMT) por suspeita de negociação de sentenças, o ministro Mauro Campbell, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afirmou que aqueles que mancham o nome do Judiciário devem ser “expurgados” de suas atividades. A fala potente de Campbell foi feita nesta terça-feira (24), durante a solenidade de abertura da inspeção que o CNJ realiza entre hoje e sexta (27) na Corte Estadual.


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A Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizará, entre os dias 24 e 27 de junho, uma inspeção no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT) para avaliar o funcionamento dos setores administrativos e judiciais da instituição. O objetivo da ação é verificar a eficiência da estrutura judiciária do TJMT, tanto em primeiro quanto em segundo grau de jurisdição, além de fiscalizar o trabalho das serventias extrajudiciais.

Ao lado do presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, e de outras autoridades do Judiciário de MT, Campbell Marques foi enfático: o Conselho não tem condão político, mas administrativo e de supervisão, como forma de garantir aos 18 mil juízes e juízas probos a credibilidade que o judiciário brasileiro ostenta.

“Temos o dever de expurgar da magistratura nacional aqueles que se hospedaram indevidamente nela. A imensa maioria dos quadros da magistratura nacional é composta por pessoas probas, corretas e incomparavelmente, nenhum magistrado no mundo inteiro possui a responsabilidade social e técnica que o magistrado brasileiro possui. Aquele que, eventualmente se apropriar da magistratura brasileira para enodoá-la, nos aqui da corregedoria do CNJ, possui o dever constitucional de expurgá-los”, disse Campbell.

Sem citar algum caso direto, a fala do corregedor se relaciona diretamente aos três magistrados afastados do TJMT: os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes, e o juiz Ivan Lúcio Amarante.

Os três foram afastados administrativamente e são alvos de operação policial criminal, autorizada pelo STF, por suspeita de negociarem decisões judiciais em troca de dinheiro. O suposto esquema foi revelado com a varredura feita no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023.

No “Iphone bomba” do jurista, a polícia encontrou diversas conversas que levantaram as suspeitas sobre o esquema, que culminou no afastamento do trio, que agora, além de responderem administrativamente, também respondem na esfera criminal.
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