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Terça-feira, 11 de novembro de 2025

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crise no agro

Família do agro culpa pandemia, guerra na Ucrânia e estiagem e entra em recuperação por R$ 300 milhões

Foto: Reprodução / Ilustração

Família do agro culpa pandemia, guerra na Ucrânia e estiagem e entra em recuperação por R$ 300 milhões
A Justiça de Mato Grosso deferiu o processamento da recuperação judicial da Família Augustin, tradicional grupo do agronegócio com mais de cinco décadas de atuação nas cidades de Pedra Preta e Alto Garças. A decisão, proferida pelo juiz Renan Carlos Leão Pereira do Nascimento, da 4ª Vara Cível de Rondonópolis, autoriza a reestruturação de aproximadamente R$ 300 milhões em dívidas, conforme a defesa apresentada pelo escritório Frange Advogados.


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Formado por Clovis Augustin, Emilio Heller Augustin e Carmem Heller Augustin, o grupo atua na produção de grãos e na pecuária e é reconhecido pela contribuição ao desenvolvimento econômico da região. O deferimento assegura fôlego financeiro e segurança jurídica para que a empresa negocie com credores e elabore um plano de recuperação sustentável, sem comprometer suas atividades produtivas.

De acordo com a petição inicial, a crise que atingiu o grupo não decorre de falhas administrativas, mas de fatores externos — como estiagens prolongadas, alta nos custos de insumos agrícolas, oscilações de preços das commodities e restrição de crédito no setor.

Tais condições afetaram o fluxo de caixa e o equilíbrio financeiro da operação, sem comprometer sua viabilidade econômica. Mesmo diante desses desafios, a Família Augustin manteve o ritmo de produção e investimentos, consolidando-se como uma das principais produtoras da região.

O grupo emprega direta e indiretamente dezenas de trabalhadores e mantém uma extensa cadeia de fornecedores e prestadores de serviço. 

O próximo passo será a apresentação do plano de recuperação, que deverá prever negociações com credores, readequação de prazos e condições financeiras e mecanismos de controle e transparência. Segundo o advogado, o caso exemplifica a maturidade do sistema jurídico e econômico brasileiro, que hoje entende a recuperação judicial como ferramenta de proteção e reorganização, especialmente em setores estratégicos como o agronegócio.
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