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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

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"STF terá chance histórica e deve dar resposta à altura"

Foto: Olhar Direto

Senador Pedro Taques - ex-procurador República

Senador Pedro Taques - ex-procurador República

"O Supremo Tribunal Federal (STF) terá chance histórica e não deverá fugir desse debate". A avaliação é do senador Pedro Taques (PDT) sobre o julgamento do mensalão que terá início na próxima quinta-feira (02), em Brasília. O parlamentar disse que teve acesso ao parecer do Procurador Geral da República e que os fatos apontados são gravíssimos.

“Crimes como este praticados por uma organização criminosa, como aponta o próprio Procurador Geral, merecem uma resposta à altura do STF”, asseverou o senador, durante entrevista exclusiva ao Olhar Jurídico.

Julgamento do mensalão ganha destaque e Henry é réu

Ex-procurador da República, o senador pondera ainda que o ministro Dias Tóffoli não deve participar do julgamento, já que foi advogado do Partido dos Trabalhadores e José Dirceu, réus na ação. “A namorada ou esposa do ministro é advogada de um dos réus”, ressaltou o pedetista.

Quanto aos questionamentos de que o ministro Gilmar Mendes também deveria ser afastado do julgamento, Taques pondera que não há nenhum impedimento legal que leve a crer nessa possibilidade.

Mensalão

O julgamento do mensalão, considerado principal esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público do país, terá início na quinta-feira (02). Ao todo, 38 pessoas foram denunciadas por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta de instituição financeira.

A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público e o caso deflagrado em 2005, sob acusação de que parlamentares teriam recebido dinheiro em troca de apoio político ao governo no Congresso Nacional.

A acusação pede que os réus do chamado núcleo político -- formado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoíno, e o ex-tesoureiro da sigla Delúbio Soares -- sejam enquadrados nos crimes de formação de quadrilha, caracterizado pela associação de pelo menos três pessoas para práticas criminosas, e corrupção ativa, ato de oferecer vantagem indevida a funcionários público para que ele pratique ato ilegal.

O grupo teria comandado o esquema, que envolveria desvio de recursos públicos, para negociar apoio político, pagamento de dívidas partidárias e custear gastos de campanhas eleitorais.



Atualizada às 11h43
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