Imprimir

Notícias / Criminal

Casal era responsável por alugar carros para transporte de entorpecentes, aponta Polícia Federal

Da Redação - Luis Vinicius

Investigações da Polícia Federal apontam que o casal Flávio Henrique Lucas e a sua esposa, a cirurgiã dentista Mara Kenia Dier, era o responsável pela “logística” do transporte de entorpecente de um grupo criminoso voltado à prática do tráfico de drogas. Os investigados, que foram presos na ação, são proprietários de uma loja de multimarcas denominada “Loja da Mara”, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá.

Leia também
Veja nomes dos alvos da operação contra organização que traficava armas e drogas em carros alugados

As informações constam na decisão judicial que autorizou a ação policial. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o casal era o responsável por alugar os carros em que os entorpecentes seriam transportados.
 
Os agentes chegaram ao grupo criminoso após a prisão em flagrante de John Carlos Lemos Da Silva pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante o trabalho dos agentes, foi apontado que o investigado transportava 37 tabletes de substância entorpecente que estavam acondicionados em fundo falso produzido no assoalho do veículo em que ele dirigia no momento da abordagem.
 
Com a droga, os agentes apreenderam o celular de Jhon e o veículo, que era de propriedade de uma locadora de Cuiabá. O carro foi alugado por Mara Kênia.
 
Com o intuito de confirmar o envolvimento de outras pessoas na ação que levou John à prisão, o delegado José Félix da Rocha, após autorização judicial, determinou que fosse analisado o conteúdo extraído do aparelho celular apreendido em posse do investigado.
 
A partir da análise das conversas do aplicativo de mensagem WhatsApp, foram constatados diversos contatos realizados com a pessoa de Thiago de Oliveira nos dias anteriores à prisão e, em especial, nos momentos anteriores à viagem. Thiago foi alvo de busca e apreensão, mas foi em preso em flagrante depois que agentes localizaram uma arma na casa dele. “Deixando claro que ele (Thiago) teria exercido o papel de ‘recrutador/aliciador’ de John Carlos”, diz trecho da decisão assinada pelo juiz Douglas Bernardes Romão, da 1ª Vara Criminal de Barra do Garças (515 km de Cuiabá).
 
“Restou aclarado, ainda, que o investigado Thiago trabalha no ramo comercialização de veículos em Cuiabá, assim como Mara Kenia e seu esposo, sendo este o possível elo entre eles, visto que não foram encontrados contatos realizados diretamente entre Mara e John Carlos no aparelho telefônico analisado. Todavia, ela foi a responsável pela locação do veículo apreendido com drogas, tendo, ainda, indicado à empresa a pessoa de Thiago como condutor”, diz outra parte do documento.
 
A equipe investigativa ainda apontou que os documentos fornecidos pela locadora apontaram ainda as locações de diversos outros veículos realizadas por Mara e Flávio.
 
Os investigadores ainda relataram que chamou atenção o fato de Flávio indicar como condutor de um dos veículos Tomaz Camilo Vieira Guimaraes, que em dezembro de 2023 foi preso em flagrante em Vitória da Conquista (BA), suspeito de estar transportando em um veículo locado mais de 100 kg de drogas (maconha e cocaína) e uma arma de fogo de uso restrito (carabina calibre 40).
 
Diante disso, o delegado representou pela quebra do sigilo telemático de Thiago, Mara e Flávio a fim de confirmar o envolvimento deles com o tráfico ilícito de entorpecentes.
 
Da análise, foi ainda constatado que, em janeiro de 2024, um funcionário da loja do casal, identificado por Kelvin Diego Minott Egue, foi preso também em flagrante por transportar aproximadamente 18 kg de cocaína escondidos nos forros das portas de um veículo alugado, mesmo modus operandi utilizado pelo grupo investigado.
 
Kelvin Diego também foi preso na operação deflagrada no dia 22.
Imprimir