O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) estabeleceu nesta terça-feira (6) que ação do Ministério Público (MPE) proveniente da Operação Bereré, contra três deputados estaduais, deve deixar a Justiça Eleitoral para ser julgada novamente pela Justiça Estadual de Mato Grosso. A remessa, porém, deve ocorrer somente após o esgotamento de recursos na Justiça Eleitoral.
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Eduardo Botelho (DEM), Ondanir Bortolini (PSD) e Wilson Santos (PSDB) são os alvos do processo. O juiz Bruno D’Oliveira, em decisão singular, havia determinado o retorno dos autos do Tribunal de Justiça (TJMT), decisão de julho de 2020. Botelho, porém, recorreu. Agora, o Pleno do TRE decidiu contra o recurso. Processo está em segredo.
A Operação Bereré, que reuniu provas sobre fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) envolvendo mais de 50 pessoas, incialmente foi relatada pela Justiça Estadual. Porém, o Tribunal reconheceu possível conexão com crimes eleitorais, determinando envio ao Tribunal Regional Eleitoral.
Os supostos crimes eleitorais estariam materializados em doações à margem do oficial durante campanhas do ex-governador Silval Barbosa e do ex-deputado estadual Mauro Savi.
Porém, parecer da Procuradoria Regional Eleitoral explicou que "nada obstante os esparsos indícios de uso eleitoral dos recursos desviados, não há nos autos elementos suficientes a subsidiar a propositura de uma denúncia nesta Justiça Especializada”.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de Botelho, autor do recurso rejeitado.