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Notícias / Política de Classe

Ministério Público já investiga duplo contrato entre Prefeitura e Mangueira; Galindo pode ter que devolver R$ 2 mi aos cofres públicos

Da Redação - Jardel P. Arruda

O procurador-geral, Paulo Prado, anunciou que o promotor de Justiça Roberto Turin já instaurou um procedimento para apurar a suposta irregularidade no “duplo contrato” entre a Prefeitura de Cuiabá e a escola de samba Estação Primeira de Mangueira desde fevereiro de 2013. Ainda segundo ele, caso comprovada a fraude, o ex-prefeito Chico Galindo (PTB) pode ter que devolver R$ 2,4 milhões aos cofres públicos.

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“Já existe um procedimento instaurado pelo Turin desde fevereiro, com os mesmos documentos que o vereador (Toninho de Souza) me entregou”, disse Paulo Prado, após receber, na tarde desta sexta-feira (5), um calhamaço de documentos sobre este caso do parlamentar. “Mas segunda ou terça-feira eu também estarei enviando tudo a Central de Inquérito, para ser feita uma investigação criminal”, completou.

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A possível fraude veio a tona após denúncia do vereador Toninho de Souza (PSD), que usou a tribuna da Câmara Municipal denunciar a existência de dois contratos entre a prefeitura e a escola de samba, sendo o segundo com uma clausula alterada para garantir o repasse de mais R$ 800 mil, além do R$ 1,6 milhão estipulado no primeiro documento.

Em 2012, a Prefeitura de Cuiabá anunciou ter fechado um acordo de R$ 3,6 milhões, dos quais R$ 1,6 milhões seriam pagos pela administração municipal, enquanto o restante dividido entre cotas empresariais.

Muitos problemas

O vereador Toninho de Souza (PSD) denuncia os contratos entre a prefeitura e a escola de samba desde o início do ano. De acordo com ele, a Mangueira não cumpriu todas as exigências contratuais, como ministrar oficinas e palestras para população cuiabana. Agora, a suposta falsificação seria o ápice dos problemas.

“O Ministério Público, assim como eu, já desconfia de que eles não cumpriram o contrato. Agora isso é muito mais grave. Esse dinheiro que eles colocaram a mais, que eles aplicaram na Mangueira, poderia ter sido investido na Saúde”, afirmou Toninho.
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