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MPE pede afastamento de médicos suspeitos de participação em suposto esquema fraudulento

Da Redação - Walmir Santana

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) acionou médicos e a direção Associação Congregação de Santa Catarina, instituição que responsável pelo gerenciamento do Hospital Regional de Cáceres (236 km de Cuiabá), por improbidade administrativa. 

O MPE pediu o afastamento do hospital dos médicos Walter Tapias Tetilla e Domingos Sávio Pedroso de Barros, que estariam à frente de um esquema que desrespeita normas do Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o MPE, o grupo direciona de forma irregular pacientes de Cuiabá e Várzea Grande para a realização de cirurgias em Cáceres, com isso aumentavam a produtividade e os lucros. Em 2013, a entidade já recebeu da Secretaria de Estado de Saúde mais de R$ 37,5 milhões, conforme o MPE.

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Os pacientes que deveriam ser submetidos a procedimentos cirúrgicos em outras localidades do Estado recebiam alta indevidamente e eram encaminhados para, por conta própria, se apresentarem no Hospital Regional de Cáceres, onde as cirurgias eram realizadas.

Sem respeitar os procedimentos de regulação do SUS, os profissionais de saúde envolvidos acabavam recebendo a remuneração correspondente ao atendimento em outras cidades, e, ainda, davam ensejo para o recebimento de outros valores a título de produtividade em Cáceres.

Também foram acionados os médicos Túlio Marcos Casado da Silva e Orlando Galetti Júnior, proprietários das empresas SCOT – Serviço Cacerense de Ortopedia e Traumatologia Ltda e MED Cáceres – Serviço de Cirurgia Geral Ltda; o administrador Idelvan Ferreira Macedo, representante legal da Associação Congregação de Santa Catarina; e o diretor geral do Hospital Regional de Cáceres, Antonio Fontes.

A investigação foi realizado por Promotorias de Justiça de Cáceres e Várzea Grande, com apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

A direção da entidade responsável pelo gerenciamento do hospital tinha conhecimento das irregularidades, mas nenhuma providência foi adotada, consta na ação.

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