Dia 18 de dezembro deste ano será o último dia da ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, na magistratura. A magistrada protocolou na última sexta-feira (22) o pedido de afastamento.

Ao que tudo indica, Eliana Calmon será candidata pela Bahia ao Senado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). A ministra é uma das magistradas mais sérias e corretas do judiciário brasileiro, ocupando o cargo de corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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Durante os dois anos atuando no CNJ, Eliana Calmon comandou uma verdadeira transformação em estruturas da justiça brasileira, com ações na esfera patrimonial e de enfrentamento ao corporativismo.

Ao avaliar o seu mandato, um dos pontos destacados pela ministra foi a investigação patrimonial dos juízes e desembargadores, iniciativa que rendeu muita dor de cabeça à ministra e que provocou, segundo ela, "muita inquietação" entre servidores e magistrados.

Sob o seu comando, a corregedoria inspecionou 21 nos 23 tribunais de justiça e foram analisadas muitas questões ligadas à gestão e à disciplina de magistrados e servidores. A ministra concluiu 38 das 55 sindicândias abertas. Foram recebidas em dois anos um total de 1.441 reclamações contra juízes e desembargadores. Destas, 11 resultaram em abertura de processos administrativos e outros 40 em Processos Administrativos Disciplinares (PADs).

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